Home office requer atenção com a qualidade da alimentação
A Nutricuca, plataforma digital gratuita, criada por profissionais renomados da área de nutrição e tecnologia, para ajudar as pessoas a terem mais consciência nutricional durante a quarentena, mostra que o home office provocado pelo confinamento na pandemia está transformando a rotina das pessoas em vários aspectos e a alimentação não ficou de fora.
Com base nos registros dos usuários, a plataforma levantou que 43% das pessoas sequer sabem o que escolher para se alimentarem melhor neste período. “Este é um percentual alto, uma vez que a qualidade da alimentação é fundamental para mantermos o nosso aporte nutricional, consequentemente, a nossa imunidade alta e a nossa saúde mais fortalecida”, destaca a nutricionista Maria Eduarda Guaraná. Ela é uma das idealizadoras da ferramenta, que já conta com mais de 4 mil usuários e usa Inteligência Artificial e metodologia de microlearning para ajudar as pessoas gratuitamente no aprendizado sobre nutrição.
Estar mais tempo em casa e lidar com uma nova rotina de trabalho – em que as pessoas passaram a ficar mais tempo sentadas, às vezes, com menos tempo para almoçar e mais guloseimas por perto – exige mais atenção aos novos hábitos.
Mais do que nunca, questões como aprender o que fazer com o que se tem na geladeira, saber a forma mais adequada de preparar a refeição para obter a melhor qualidade nutricional e prestar atenção no consumo em excesso de alguns alimentos são importantes para garantirmos uma vida mais equilibrada.
A qualidade do sono, o funcionamento do intestino e a presença excessiva nos meios digitais também são comportamentos que requerem atenção e o cuidado de quem deseja obter uma boa nutrição.
O levantamento da Nutricuca registrou implicações desses comportamentos. 63% da audiência relataram ter algum tipo de problema para dormir e 53% disseram estar dormindo pior durante a quarentena. Para Maria Eduarda, isto pode ser resultado da falta de rotina das pessoas confinadas em casa, sem horários definidos para home office, consumo de alimentos inadequados, entre outros.
A nutricionista também chama atenção para o funcionamento do intestino. 35% da audiência relataram ter algum problema de intestino e 25% disseram que vão ao banheiro somente a cada dois dias”, comenta Maria Eduarda, acrescentando que a diminuição da mobilidade durante o confinamento, quando as pessoas passam mais tempo sentadas por conta do home office, interfere no funcionamento intestinal.
Entre medidas para melhorar o funcionamento intestinal estão se alimentar com mais fibras, consumir água gelada ao acordar, entre outros comportamentos que vão sendo apresentados de forma personalizada na própria plataforma, uma vez que cada usuário descreve os próprios hábitos alimentares e a plataforma com base nisso lhe dá opções para se alimentar melhor. “Nesse processo de aprendizado, 68% não sabiam que a água gelada ao acordar ajuda a regular o intestino, pois estimula os movimentos dos órgãos responsáveis pela digestão”, salienta a nutricionista, acrescentando que a intenção de todo o processo de interação com os usuários é fazer com que busquem o melhor equilíbrio entre os próprios hábitos e a nutrição adequada.
E isso vale para os chamados deslizes alimentares, os quais têm como protagonista o chocolate, que foi registrado como o maior causador desses desvios, correspondendo a 15% dos casos. “Deslizes acontecem e vão continuar acontecendo, e a ideia não é vetar ninguém das suas indulgências, ainda mais neste período, mas sim procurar ajudar na busca do equilíbrio, mudando a proporção e a frequência”, diz Maria Eduarda, lembrando que faz muita diferença se a pessoa sai da sua dieta comendo um pedacinho a mais de chocolate 60% ou 70% de cacau ou levando uma barra de chocolate para a cama antes de dormir. “Da mesma forma, acontece com outros deslizes, como bebidas alcoólicas e doces”, comenta ela, acrescentando que há uma grande diferença no comprometimento nutricional entre uma taça de vinho ou uma garrafa, entre um doce e uma caixa inteira de bombons.
Durante o processo de aprendizado na ferramenta, são apresentados testes de conhecimento sobre alimentos que reforçam o sistema imunológico, erros e acertos cometidos na rotina de confinamento, além de dicas sobre o assunto. “Queremos mostrar como os alimentos podem ser nossos aliados neste período”, afirma Maria Eduarda, informando que o conteúdo é ampliado semanalmente, sempre com inclusão de um novo tema alimentar.