Autônomos sofrem com pandemia e casal faz apelo em redes sociais
Uma das faces mais perversas da pandemia começa a vir à tona. Um casal desempregado, com dois filhos, usou as redes sociais para pedir ajuda para manter a casa e atender os pedidos de leite e biscoitos das crianças. Com o frio severo, também faltam agasalhos e calçados.
Luiz Fernando Salviano dos Santos, 27 anos, é garçom, mas deixou o trabalho em 2017 e passou a viver de bicos, para cuidar da esposa. Ela trabalhava como comerciária e desenvolveu síndrome do pânico, seguida de uma gestação de risco.
Após se reabilitar, Vanusa Lima dos Santos, 37, perdeu o emprego em um supermercado e não conseguiu mais trabalho fixo. Estava vivendo como manicure, antes da pandemia. O marido trabalhava como servente de pedreiro, mas as obras estão paralisadas.
“Sinto envergonhado por estar passando por essa fase, nunca imaginei. Mas olho para os meus filhos e imagino… um pedindo leite e outro pedindo bolacha e não ter”, relatou o pai.
A família, que mora na rua Benedito Mendes Faria, na zona sul, teve que se mudar para uma casa menor nos últimos meses. Atualmente a única renda é o auxílio emergencial, que dá apenas para pagar o aluguel e comprar parte dos alimentos necessários.
“Fiz a postagem e recebi algumas doações, mas foi o último recurso que tive, porque não aguentei ver as crianças pedindo as coisas e não ter. Bate um desespero mesmo. Infelizmente, mas creio que isso vai passar. Queremos trabalhar, dar condições de qualidade para eles, mas está difícil”, constata Vanusa.
Quem quiser auxiliar a família com doações pode fazer contato pelo WhatsApp (14) 997694959.