Estoque reduzido de anestésicos alerta Saúde de Marília
Após minimizar os riscos de faltar respiradores em Marília – ao menos por enquanto – os hospitais estão em alerta para os estoques de anestésicos e bloqueadores neuromusculares, utilizados no atendimento aos pacientes graves com Covid-19.
Dirigentes da Santa Casa de Marília e do Hospital da Unimar demostraram mais preocupação. O hospital filantrópico informou que tem estoque para mais 20 dias e incluiu a compra destes insumos no Plano de Trabalho que emprega recursos recebidos do Ministério da Saúde.
Já a instituição universitária, com mais internações de pessoas com o novo coronavírus, chegou a atingir níveis alarmantes. A superintende, Márcia Mesquita Serva, disse que chegou a pensar em registar boletim de ocorrência, diante da dificuldade com um fornecedor.
“Chegamos a uma situação que só tínhamos (anestésicos) para mais seis dias. Depois, conseguimos ampliar um pouco esse estoque, mas ainda é uma situação que estamos monitorando”, disse.
Já o Hospital das Clínicas de Marília, sob gestão do Estado, informou que possui o insumo para pelo menos 15 dias e não vê uma situação crítica, ao menos por enquanto. A superintendente, Paloma Libânio Nunes, disse que o assunto tem sido mediado pela Direção Regional de Saúde (DRS).
Os alertas sobre a medicação usada no procedimento de intubação, com alta demanda devido ao coronavírus, foram verbalizados durante reunião do Conselho Municipal da Saúde (Comus), em que foram aprovados os Planos de Trabalho dos hospitais.
As instituições fizeram a apresentação para demostrar como pretendem gastar os recursos recebidos do Ministério da Saúde. Não houve rejeição do planejamento pelos conselheiros, com pontuais votos contrários, em função de discordâncias no formato das apresentações.
O Ministério da Saúde monitora a oferta de medicamentos para sedação e analgesia pelos laboratórios. Em várias cidades do país, instituições anunciaram suspensão de cirurgias, para priorizar assistência a pacientes com Covid-19.
Nesta quarta-feira (24), o Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Demais Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo (SidHosp) divulgou um alerta e acionou órgãos da saúde, para cobrar medidas do governo para garantir as drogas nos hospitais.