Daniel faz apelo, exibe indicadores e anuncia programas sociais
A situação estatística de Marília (na comparação com outras cidades do Estado), a estrutura da rede de saúde do município e da região, o aumento na fiscalização e programas sociais. Estes foram alguns dos temas do pronunciamento do prefeito Daniel Alonso (PSDB) feito na noite desta terça-feira (23), através de redes socais.
O prefeito apelou para a necessidade de cautela não apenas no comércio, mas a importância da população evitar reuniões e confraternizações entre familiares e amigos, festas e aglomerações. A partir de sexta-feira (26), o município pretende montar um grupo com 100 fiscais. Daniel não deu detalhes da medida.
“Monitoramos mais de 700 pessoas, ao longo dessa pandemia. Apuramos os contatos e foi verificado que os piores surtos não aconteceram por conta do comércio, mas por causa de contatos nas casas, entre amigos, famílias”, disse o prefeito.
O balanço incluiu ainda o programa de busca ativa por sintomáticos nas periferias, iniciado nesta terça-feira (23) e os programas sociais, como a entrega de cestas básicas pelo Fundo Social e o anúncio do “kit merenda”, de itens básicos, e a “cesta verde”, que os pais e responsáveis poderão retirar nas escolas da rede municipal, a partir da próxima semana.
O prefeito falou em direito de “ir e vir”, além da conciliação entre salvar empregos e salvar vidas. Alonso voltou a defender a autonomia para o município definir a fase de reabertura durante a pandemia.
Daniel usou seu exemplo pessoal – ao trabalhar diariamente, mesmo sendo do grupo de risco – para dizer que “prefere morrer trabalhando, do que em casa”. No pronunciamento, o prefeito mencionou a intervenção cardiológica a que foi submetido, lembrando que após dois dias, já estava de volta ao trabalho.
Plano SP e hospitais
O prefeito contestou a classificação de Marília na fase vermelha e mostrou, em uma tela de computador, que Marília tem menos casos, proporcionalmente, que cidades (de populações diversas) como Lençóis Paulista, São Paulo, Botucatu, Bauru e Jaú, que estão na “fase laranja” do Plano SP, enquanto Marília está classificada (pelo Estado), na vermelha, a mais restritiva. (veja abaixo)
Daniel defendeu ainda a estratégia de Marília em relação ao gasto dos recursos, com estrutura adicional para internação de pacientes com Covid-19 e disse que ouviu o comitê gestor, ao mapear a estrutura de saúde e não fazer hospital de campanha.
“Nosso problema nunca foi alvenaria. Não precisamos levantar tendas de lona. Se tivéssemos feito isso, já tinha acabado o dinheiro e não teríamos usado. Marília tem hospitais. Nossos esforços são no sentido de aumentar o número de leitos e já ampliamos e podemos ampliar mais, em praticamente o dobro”, afirmou.
O prefeito explicou ainda que, ao decidir pela flexibilização diversa do Plano SP, não está deixando de pensar na região. Daniel lembrou que as microrregiões de Assis, Ourinhos, Tupã e Adamantina, entorno das quais estão os 62 municípios da Direção Regional de Saúde (DRS-IX) de Marília, têm hospitais e também estão trabalhando para ampliar recursos.
“Não vou menosprezar o trabalho de nenhum prefeito, porque também estão batalhando, mas os números estão aí. Que me perdoe o governo do Estado, o Ministério Público, mas não dá para viver com estas restrições. Nós estamos fazendo a nossa parte, mas que cada um também faça a sua, para que possamos manter e melhorar estes resultados”, disse Daniel.