Impasse entre servidores e Prefeitura continua em Marília
A proposta de reajuste salarial oferecida ontem (5) aos servidores públicos municipais pelo prefeito Vinicius Camarinha (PSB) não agradou em nada os trabalhadores.
Camarinha disse que a administração municipal pode pagar apenas 4,5% e essa é a oferta final. Ele inclusive está enviando a Câmara Municipal o projeto de reajuste. Os servidores pedem um aumento de 8,42%.
Os que aguardavam pelo resultado da reunião na porta da Prefeitura, receberam a proposta de 4,5% com grande insatisfação, inclusive já falando da necessidade de greve. Uma assembleia que definirá os rumos da categoria foi marcada para a próxima sexta-feira (8) às 18h30, em frente ao Paço Municipal.
Vinicius Camarinha comentou a situação “Claro que gostaríamos de oferecer mais, porém, é o índice possível dentro da realidade econômica. É preciso ter responsabilidade administrativa. Mesmo com a recessão que vem diminuindo a arrecadação de impostos federais e estaduais, essenciais para o funcionamento da máquina pública, depois de grande esforço, estamos propondo o índice plenamente possível para o caixa da Prefeitura”, explicou.
Apesar disso, o discurso do Executivo não condiz com os fatos. Recentemente a Prefeitura reajustou o contrato com a empresa Proseg Serviços Ltda em 6,6% dos valores praticados para execução de serviços de zeladoria em unidades escolares do Município de Marília. A ONG Marília Transparente também vem apontando nos últimos meses os valores milionários gastos em publicidade na cidade.
Em comunicado, o Sindicato do Servidores criticou a postura do prefeito e disse que a administração municipal “mais uma vez desrespeita os trabalhadores”.