Dona de casa reclama de escorpiões no Maracá
A dona de casa Andreia Luzia Machado Moraes da Silva, de 43 anos, está angustiada com um problema frequente, que é o aparecimento de animais peçonhentos, como escorpiões, em sua casa, no Jardim Maracá, zona Norte de Marília.
O problema começou há aproximadamente um ano e a mulher afirma que a Prefeitura já foi informada sobre os problemas na rua Vicente de Paula Rodrigues.
“Hoje [quinta-feira, dia 11] abri o armário de mantimentos, o escorpião estava dentro. Meu filho estava aqui e tirou para mim. É do ‘amarelão'”, contou Andreia ao Marília Notícia.
A dona de casa tem uma filha de oito anos e recebe constantemente uma neta, de quatro anos. A presença desses animais tem causado muita preocupação em relação às crianças. Além dos escorpiões, aranhas grandes também são encontradas na residência.
“Já encontramos muitos escorpiões. Aranha, até na cama da minha filha já achamos”, falou Andreia.
Outro problema conexo relatado pela moradora é que os próprios vizinhos jogam lixo e entulho nos terrenos próximos e isso facilita a aparição de escorpiões e aranhas.
A mulher afirmou que já fez reclamações sobre todos os problemas, inclusive a respeito do asfalto da rua em que vive, que está em péssimo estado.
“Aqui tem os bichos, problema de asfalto e veículos que sobem muito rápido a via. Já pedi quebra-molas e nada”, comentou.
Andreia aguarda uma orientação do poder público sobre as providências que deve adotar para evitar que ela ou uma das crianças seja picada.
Notificações compulsórias
Vale lembrar que a Prefeitura de Marília deixou de atualizar, em seu Portal da Transparência dados epidemiológicos referentes às doenças de notificação compulsória. A exceção é apenas para dengue, que continua com o boletim sendo divulgado semanalmente.
A obrigação de publicar o Informe Semanal de Agravos de Notificação Compulsória está prevista na Lei nº 8.413, sancionada em junho de 2019 após aprovação da Câmara Municipal.
A divulgação permite o acompanhamento de picadas de animais peçonhentos – cobras, aranhas e escorpiões -, além de infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis, HIV e hepatites. O último boletim completo foi disponibilizado no dia 2 de abril, há mais de dois meses.
Entre as doenças e agravos que devem ter os números publicados estão sarampo, meningite, leishmaniose, leptospirose, febre maculosa, febre amarela, coqueluche e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), provocadas pelo vírus Influenza, incluindo o H1N1.
Outro lado
O MN procurou a Prefeitura para falar sobre os problemas apontados no Maracá e também sobre a falta de dados da notificação compulsória, mas até o fechamento desta reportagem não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.