Ação pede manutenção de poliesportivos e centros comunitários
O Ministério Público do Estado de São Paulo propôs uma ação civil pública em que é solicitado à Justiça que a Prefeitura de Marília seja obrigada a garantir a conservação básica de dispositivos de lazer do município.
Nos últimos anos o Marília Notícia vem denunciado o problema do abandono de poliesportivos em inúmeras reportagens.
Em novembro do ano passado, por exemplo, o site revelou que o orçamento para 2020 era insuficiente para recuperar – ou mesmo manter – os prédios.
A ação assinada pelo promotor Oriel da Rocha Queiroz foi aberta após inquérito civil precedido por representação feita pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Marília Transparente (Matra).
O processo envolve especificamente 18 equipamentos públicos municipais, entre eles nove poliesportivos e oito centros comunitários, além do antigo parque aquático.
Depredação, pichações e outros atos de vandalismo, equipamentos esportivos inutilizados, mato alto e sujeira, é o cenário em muitos desses espaços, que também foram apropriados por usuários de drogas, o que preocupa os moradores das proximidades.
Um fugitivo do semiaberto já foi capturado dentro de um poliesportivo e em outra ocasião a Polícia Militar chegou a apreender um tijolo de maconha dentro de um desses dispositivos.
Na ação consta que alguns desses locais foram invadidos por moradores de rua. No caso do Conjunto Esportivo Yassaburo Sasazaki, além do estado de abandono, existe a informação de que imóveis estão sendo utilizados irregularmente como bar e residência.
Consta ainda que uma pessoa não identificada até o momento estaria cobrando do “locatário” o valor de R$ 250 por mês.
O promotor pede que a Prefeitura proceda com a adequada conservação dos equipamentos públicos e que os valores decorrentes de eventual aplicação de multas sejam destinados a um fundo específico para a execução das obras necessárias.
O problema não é apenas da atual gestão. O governo passado, Vinicius Camarinha (PSB), também descumpriu promessas sobre o assunto e deixou as unidades sucatearem.