Marília protesta e pede revisão para reabertura mais ampla
A Prefeitura de Marília aguarda parecer da equipe técnica do governador João Dória (PSDB), após pedido de reclassificação da região no plano de retomada das atividades comerciais em São Paulo. No início da noite, o prefeito Daniel Alonso (PSDB) apresentou dados e comparou a área de Marília com outras regiões do Estado.
Marília tem cenário favorável, na comparação com as regionais de Bauru, Araraquara e Presidente Prudente, que foram classificadas na ‘fase 3 ‘ para a reabertura. Apesar disso, a regional mariliense ficou na ‘fase 2’ e tem mais restrições que as demais.
Os critérios para classificação, segundo o governo estadual, são casos registrados de Covid-19, número de óbitos, internações, taxa de isolamento social, casos a 100 mil habitantes e ocupação de UTIs e enfermarias.
Em relação a pandemia do novo coronavírus, Marília tem todos os números mais favoráveis do que sua vizinha Bauru, inclusive na taxa de infecção por habitante (número de casos/total da população).
Os bauruenses já poderão abrir, a partir do dia 1º de junho, bares, restaurantes e similares, além de salões de beleza. Em Marília esse tipo de estabelecimento não poderá ter abertura autorizada pela Prefeitura, conforme as diretrizes estaduais.
Mais cedo, o prefeito Daniel Alonso (PSDB) manifestou descontentamento. Ele foi inclusive, surpreendido, uma vez que havia anunciado na terça-feira (26) a expectativa de reabertura total do varejo, com as ressalvas sanitárias. Daniel havia comemorado principalmente a chamada autonomia administrava.
Mapas regionais
Os mapas de transição de faixa, para liberação das atividades, foram divulgados por estrutura de saúde – DRS (Direção Regional de Saúde).
Marília, por exemplo, é sede para 62 municípios na DRS. Nessa região de Saúde, a população é estimada em 947.913 pessoas e são 332 casos de Covid-19 confirmados, com 21 óbitos. A região tem 79,9% das UTIs livres.
No mesmo relatório, a DRS de Bauru – formada por 68 cidades – aparece com 1.234 casos confirmados (quase quatro vezes mais que a região de Marília) e 64 mortes (o triplo).
A população estimada é de 1.681.126 e a rede de saúde está 61% livre na região de Bauru. Os dados – em ambas as regiões – foram atualizados no dia 26 de maio, pelo boletim epidemiológico do Estado de São Paulo e tem como fonte o CVE (Centro de Vigilância do Estado de São Paulo) e Fundação Seade – dados populacionais.
O Marília Notícia questionou a Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado e também a Casa Civil, sobre os classificações para abrandamento da quarentena, para regiões com indicadores divergentes como Marília e Bauru, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.
O que pode em Marília?
A partir de segunda-feira, dia 1º de junho, cinco setores da economia local poderão ser retomados com restrições.
São eles: atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio em geral e shopping centers. Construção civil e indústria, que não chegaram a parar, seguem funcionando.
As restrições para shopping centers, por exemplo, envolvem redução do fluxo de clientes para 20% do normal, redução do horário de funcionamento para quatro horas por dia e medidas de distanciamento entre as pessoas.
Já bares, restaurantes e similares, espaços públicos, salões de beleza, academias, teatros, cinemas, eventos com aglomeração, transporte e educação seguem vedados na região de Marília na fase 2.
Ao todo são cinco fases em que as regiões serão reclassificadas periodicamente. Em cada uma delas são permitidas a reabertura de certos tipos de estabelecimentos.
Na fase 1, que segue até o dia 31 de maio em todo o Estado, só funcionam construção civil e indústrias. Atividades relacionadas à educação e transporte seguem sob análise do governo do Estado para futuras decisões.
Ainda conforme o governo, será feita uma reavaliação semanal e caso os indicadores se mantenham estáveis por 14 dias, as regiões podem mudar de fase.