Apple registra queda de 7% nas vendas do iPhone
A pandemia de coronavírus atingiu as vendas de iPhone, o que fez com que a Apple tivesse um crescimento discreto no seu segundo trimestre fiscal. O resultado, porém, foi compensado pela boa performance da divisão de serviços, que inclui o Apple TV+. Isso garantiu que a empresa registrasse alta de 0,5% na receita geral em comparação ao mesmo período do ano passado, chegando a marca de US$ 58,3 bilhões.
“Tivemos uma queda significante em fevereiro. Começamos uma recuperação em março e isso deverá se aprofundar em abril. Isso nos deixa otimistas”, disse Tim Cook, presidente executivo da empresa, ao canal americano CNBN. Com o fechamento de fábricas na China e o impacto na demanda global, a receita de iPhone caiu 7% no período – as vendas de iPad e Mac também apresentaram queda. Em fevereiro, a empresa já havia alertado investidores de que não cumpriria as metas para o período.
A única divisão de hardware da empresa que apresentou crescimento foi a de vestíveis, que inclui o relógio Apple Watch e os fones AirPods. A receita foi de US$ 6,2 bilhões, alta de 22,5%.
Novamente, a divisão de serviços teve boa performance paralelamente à queda de vendas de dispositivos – isso já havia acontecido no ano passado. A divisão chegou a marca de US$ 13,3 bilhões, número 16% maior do que no mesmo período do ano passado. É a maior receita já gerada pela divisão, que aparece como a segunda maior da empresa – seus números ainda estão atrás dos de iPhone.
“Apesar do impacto global sem precedentes da covid-19, estamos orgulhosos em dizer que a Apple cresceu no trimestre graças ao recorde histórico da divisão de serviços e ao recorde trimestral da divisão de vestíveis”, disse Cook em comunicado.
Apesar de não fazer estimativas para o atual trimestre, Cook viu com otimismo o crescimento da divisão de serviços. “Isso está claramente ajudando as vendas de Mac e iPad. Estimamos que ambos terão melhora em relação ao ano paasado. Veja a Apple TV+: estamos vendo crescimento significante nos números de pessoas assistindo conteúdo”. Ele, porém, não revelou o número de assinantes do serviço, que concorre com a Netflix – a rival registrou alta de assinantes durante a pandemia.