Prefeitura compra 14,5 mil testes de Covid-19 e influenza
O prefeito Daniel Alonso (PSDB) anunciou na manhã desta sexta-feira (17) a assinatura de um aditivo em contrato já existente com o Hospital Beneficente Unimar (HBU), para a compra de 14,5 mil testes para detecção da Covid-19 e da Influenza.
A medida vem 17 dias depois da administração municipal já ter noticiado que estava comprando os exames.
A explicação para tanta demora foi a dificuldade de fornecedores garantirem os produtos, mas a reportagem apurou que a troca no comando da Secretaria da Saúde também pode ter influenciado o atraso.
A reportagem questionou o valor unitário dos testes durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, mas não obteve resposta. A informação oficial foi de que os detalhes da transação serão publicados no Diário Oficial.
O município não será obrigado a pagar a totalidade dos testes previstos no contrato, e sim apenas o que for utilizado, segundo o anunciado.
A concretização da compra foi comunicada durante a quinta reunião do Comitê de Enfrentamento ao Covid-19, realizada no auditório da Prefeitura de Marília.
O chefe do Executivo informou que o município recebeu um total de R$ 7,8 milhões em investimento para o combate à pandemia, vindos de recursos do Governo Federal, Governo do Estado, Vara Criminal de Marília e Câmara de Marília.
Parte desta verba, cerca de R$ 2,2 milhões, vai para a aquisição dos exames que serão feitos por meio do Laboratório São Francisco, vinculado ao HBU.
Do total de testes comprados, serão 10,5 mil unidades para verificação do novo coronavírus, sendo 6 mil restes rápidos e 4,5 mil do chamado PCR, ou molecular – muito mais confiável do que aqueles com resultado imediato.
Estão no pacote também 4 mil testes rápidos para verificação do H1N1 (Influenza), que possui sintomas muito parecidos com a Covid-19.
A informação do Secretário da Saúde, Cássio Pinto, é de que os testes moleculares já podem ser feitos por meio do convênio. Já os testes rápidos devem chegar até o dia 25 de abril.
Além disso, Marília aguarda a chegada de mais de 800 outros testes rápidos que devem ser repassados pelo Ministério da Saúde.
Até agora o Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade vinha dependendo exclusivamente da análise de exames por meio do laboratório do Instituto Adolfo Lutz, onde estão represados testes do Estado todo.
Com a demora para obter resultados, fica impossibilitada a adoção de política públicas eficientes e projeções mais confiáveis para a reabertura do comércio e serviços.