Prefeitura defende cloroquina no início dos sintomas da Covid-19
Com a devida prescrição médica, a Prefeitura de Marília anunciou nesta quinta-feira (9) a recomendação para que pacientes com suspeita de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, sejam tratados na cidade com cloroquina e hidroxicloroquina desde os primeiros sintomas.
A orientação é diferente do protocolo que vem sendo adotado por hospitais da cidade, onde só recebem esses medicamentos os pacientes sintomáticos em estado grave e que estejam em Unidades de Terapias Intensivas (UTIs).
O Marília Notícia mostrou que é isso o que tem ocorrido, por exemplo, no Hospital Beneficente Unimar (HBU) e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília (HC/Famema).
Em alguns lugares se registrou uma corrida às farmácias para compra dos medicamentos. A orientação médica é para que as pessoas não façam isso. Existem efeitos colaterais graves a automedicação é extremamente perigosa.
Ainda não possuem pesquisas conclusivas sobre a eficácia da cloroxina e da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com a Covid-19, mas pesquisas iniciais teriam se mostrado promissoras. Normalmente a droga é utilizada no tratamento de outras doenças.
A orientação para expandir o tratamento aos pacientes que apresentam os primeiros sintomas veio após deliberação do comitê municipal de enfrentamento ao novo coronavírus, segundo declarou o prefeito Daniel Alonso (PSDB).
O MN questionou Daniel sobre um risco de falta do medicamento, já que o período mais frio e seco do ano se aproxima – e com isso aumenta a quantidade de pessoas com quadro gripal, que se confunde com a Covid-19. O prefeito rejeitou esta possibilidade.
No entanto, de acordo com o secretário da Saúde, Cássio Pinto, o governo local não possui em estoque esse medicamento, já que a droga não está na lista de distribuição nas farmácias municipais.
A distribuição fica a cargo o governo do Estado, por meio do Departamento Regional de Saúde (DRS-9). Para a Santa Casa de Misericórdia de Marília, por exemplo, foram distribuídas até agora 500 unidades da droga.
Já o Hospital Beneficente Unimar não recebeu nada de cloroquina do Estado, mas comprou por conta própria a medicação.
O HBU foi o primeiro hospital da região a iniciar o uso do medicamento no tratamento destes pacientes. O estoque atual do produto atende até 100 pessoas, segundo o hospital.
Caso necessário, a administração municipal poderá comprar por conta própria tanto a cloroquina, quanto a hidroxicloroquina. No entanto, pode haver dificuldade no fornecimento – assim como vem ocorrendo com outros itens médicos ligados à pandemia.