Indústrias ficam fora de decreto que paralisa a cidade
O decreto de calamidade pública da Prefeitura de Marília mantém serviços, segundo o prefeito Daniel Alonso (PSDB), que são necessários para o funcionamento da indústria de alimentos da cidade. Durante coletiva de apresentação do documento, o prefeito detalhou prioridades e disse que “a indústria alimentícia não pode parar”.
A indústria – em geral, de qualquer natureza – consta no artigo 3º do decreto como autorizada como atividade essencial. Na coletiva de imprensa, o chefe do Executivo deu especial ênfase à indústria de alimentos, carro chefe em Marília.
Daniel afirmou que, durante a crise, a produção de alimentos será estratégica. “Por isso que os serviços essenciais estão mantidos, assim como o agronegócio. A população precisa ter a tranquilidade de que não faltarão alimentos”, disse Daniel.
O prefeito foi questionado sobre o transporte, que deve ser o maior obstáculo para que os trabalhadores cheguem nas empresas. “Os trabalhadores precisarão se organizar para criar alternativas. As empresas podem auxiliar os funcionários. Bicicleta, carro, outras opções de transporte”, disse Daniel.
O decreto que exclui a indústria e outros serviços essenciais exige adaptações. Será preciso:
- Disponibilizar na entrada do estabelecimento e em outros lugares estratégicos de fácil acesso, álcool em gel para utilização de funcionários e clientes;
- Higienizar, quando do início das atividades e após cada uso, durante o período de funcionamento, as superfícies de toque – carrinhos, cestos, cadeiras, maçanetas, corrimão, mesas e bancadas;
- Higienizar quando do início das atividades e durante o período de funcionamento, com intervalo máximo de três horas, os pisos e banheiros, preferencialmente com água sanitária;
- Manter locais de circulação e áreas comuns com os sistemas de ar condicionados limpos (filtros e dutos) e, obrigatoriamente, manter pelo menos uma janela externa aberta ou qualquer outra abertura, contribuindo para a renovação de ar;
- Manter disponível kit completo de higiene de mãos nos sanitários de clientes e funcionários, utilizando sabonete líquido, álcool em gel e toalhas de papel não reciclado;
- Fazer a utilização, se necessário, do uso de senhas ou outro sistema eficaz, a fim de evitar a aglomeração de pessoas dentro do estabelecimento na aguardando atendimento;
- Determinar, em caso haja fila de espera, que seja mantida distância mínima de dois metros entre as pessoas.
“Tivemos uma reunião com a Associação Paulista Regional dos Supermercadistas e nossa preocupação era, realmente, a aglomeração que estava ocorrendo em supermercados, que aumentaram o movimento em 30% nos últimos dias. A população não tem que preocupar, não precisa entrar em pânico. O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo”, disse o prefeito.