Trump fala em parceria com Google por coronavírus
Na tarde desta sexta-feira, 13, ao anunciar que os Estados Unidos estão em estado de emergência por conta do novo coronavírus, o presidente americano Donald Trump anunciou que o Google vai oferecer um site para ajudar as pessoas a determinarem se precisam de testes ou não para saberem se estão contaminadas com a doença. Com o discurso, as ações da empresa dispararam mais de 9% no pregão da bolsa de valores Nasdaq.
“Eu quero agradecer o Google. Eles estão criando um site, que vai ser feito rapidamente, para determinar se há um teste e onde ele pode ser feito em uma locação próxima”, disse Trump. “Eles tem cerca de 1,7 mil engenheiros trabalhando nisso, e é um tremendo progresso.” O problema, no entanto, é que faltou Trump combinar o discurso com o Google: após o pronunciamento, a empresa afirmou ainda que o produto está em estágio inicial de desenvolvimento.
“Estamos no início e planejando os testes apenas na região metropolitana de São Francisco, com a esperança de expandir ao longo do tempo”, disse a porta-voz da Verily, Kathleen Parkes. A Verily é uma empresa irmã do Google, controlada pela holding Alphabet e dedicada a desenvolver produtos e sistemas na área de ciências da vida. Ela não respondeu a perguntas sobre como o esforço surgiu, qual o envolvimento do Google nem como os dados dos usuários serão usados.
Segundo a apresentação do governo americano, os visitantes do site poderão receber indicações de lojas e locais que podem fornecer assistência, incluindo um teste rápido, com resultados em até 36 horas.
Nem a empresa nem Trump forneceram mais detalhes – segundo o vice-presidente Mike Pence, o site será lançado no domingo à noite. De acordo com o site americano The Verge, porém, a situação é diferente: o site era voltado apenas para trabalhadores da área de saúde. Após o discurso de Trump, a empresa decidiu expandi-lo para o público em geral, mas só poderá dar indicações para quem estiver no norte da Califórnia.