Obra milionária da ETA Peixe, atrasada há 4 anos, encarece
O contrato de 2,8 milhões para reformar e ampliar a Estação de Tratamento de Água (ETA) Peixe foi assinado em 2015 e o serviço deveria estar concluído em 2016, ainda no governo passado. Agora, a Prefeitura de Marília acaba de reajustar o valor em cerca de R$ 105 mil a mais.
O aumento foi publicado no Diário Oficial de Marília nesta quinta-feira (12) e não representa a primeira alteração contratual.
Em 2017, já no atual governo, foram assinados termos de prorrogação com a empresa Thesis Engenharia e Construções Limitada EPP.
No último dia 24 de fevereiro matéria do Marília Notícia revelou que o serviço finalmente deveria ser retomado.
A obra envolve o reservatório da ETA, com capacidade de armazenar 1 mil metros cúbicos de água e o centro de reservação Setor R6, com capacidade para 2 mil metros cúbicos.
Por parte da Prefeitura, no final do mês passado, não houve esclarecimento sobre o motivo de tanta demora em executar a obra. No entanto, de acordo com o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), a explicação está em “deficiências/insuficiências nas informações no projeto básico”.
Risco
Em 2018, há dois anos, portanto, o MN denunciou a situação preocupante pela qual passava a ETA Peixe, inclusive com possibilidade de rompimento da barragem. Se isso ocorresse, 60% da cidade poderia ficar sem água.
Na ocasião, o presidente do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem), Marcelo de Macedo, comentou a existência de vazamentos.
“Onde tem vazamento corre o risco [de romper]. Os engenheiros do Daem, do Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica) estiveram no local. É preocupante”, disse Marcelo na ocasião.
Por conta do risco, naquela época foram tomadas medidas paliativas no decantador da ETA Peixe, que ficou “40, 50 anos sem nenhuma manutenção”, de acordo com o presidente do Daem.
Foram instaladas mantas e foi aplicado um tipo de cimento especial nas rachaduras da estrutura.