Professor que mora em Marília é preso por pedofilia
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Assis (distante 75 quilômetros de Marília) deflagrou, na manhã desta terça-feira (10), a Operação Novatam Vitam em combate à pedofilia. Um professor que reside em Marília e presta serviço em Assis foi preso.
A operação aconteceu na cidade da região e teve mandado de busca e apreensão cumprido na casa do professor em Marília. Na residência do homem foram apreendidos aparelhos eletrônicos. O professor foi preso em um hotel de Assis.
Além dos crimes de pedofilia, a polícia também investiga um possível estupro de vulnerável. Aproximadamente quinze policiais civis participaram das ações nas duas cidades.
Segundo a Polícia Civil, a investigação teve início a partir do registro de um Boletim de Ocorrência, em que o denunciante explicou ter estabelecido conversa com uma pessoa, que se identificou como mulher, com foto feminina em seu perfil, a quem conheceu em site de relacionamento.
No diálogo via aplicativo de mensagens, a suposta mulher iniciou sugestões de favores sexuais em troca de dinheiro, assim como indagava a atração sexual do denunciante por menores, chegando até mesmo a enviar fotos de uma criança nua e outras em traje de banho.
A polícia identificou que o interlocutor se trata de um professor da Rede Municipal de Ensino de Assis, mas cuja linha telefônica estava cadastrada com dados falsos de uma outra professora.
Ainda de acordo com as autoridades, indícios evidenciam que as fotos de crianças nuas compartilhadas se assemelhavam à própria filha do investigado.
Nos dispositivos eletrônicos encontrados foi possível constatar que o alvo possuía armazenado em seus aparelhos celulares, fotos e vídeos contendo cenas pornográficas e de sexo explícito envolvendo crianças e/ou adolescentes.
“Diante dos fatos, o professor foi preso em flagrante na cidade de Assis como incursão nas penas do artigo 241 B – adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente – do Estatuto da Criança e do Adolescente”, diz nota da Polícia Civil.
Em comunicado, a Prefeitura de Assis informou que “a Secretaria Municipal de Educação, mediante prisão de servidor de carreira dessa Pasta, esclarece que o mesmo não é professor e nem atua em sala de aula, mas sim ocupa cargo administrativo na sede da Secretaria, a qual já tendo tomado conhecimento do caso, vai colaborar com as investigações dentro do que for solicitado pelas autoridades. Deve ainda considerar que a acusação contra ele ocorre fora do serviço público, e sim em sua vida particular”.