Padeiro morreu em salão amplo e ventilado, diz advogado de padaria
A morte do padeiro José de Souza Oliveira, de 55 anos, na terça-feira (25), em um estabelecimento da zona Sul da cidade, motivou manifestação do estabelecimento comercial nesta quinta-feira (27), através de um advogado.
Diferente do que consta em registro policial, a empresa informou que o homem foi encontrado caído no chão em um salão de quase 400 metros quadrados, em espaço ventilado (com exaustores), e que acredita em “grave equívoco” a referência a uma “câmara trancada”.
O advogado Valdir Payão disse ao Marília Notícia que o circuito de câmeras da empresa registrou o momento em que o homem caiu. Registrou também, segundo ele, todo o esforço para salvar o homem.
“Desesperado, o próprio patrão, dono da padaria, chegou a fazer uma manobra de respiração boca a boca para que ele respirasse. Ele não estava em câmara, nenhum lugar fechado, lugar que assa pão não entra uma pessoa. Não é assim que funciona”, disse Payão.
O advogado não apontou, diretamente, falha da Polícia Civil no registro do fato, mas disse acreditar em equívocos porque “foi colhido o relato da uma mulher aflita, desesperada com a situação do marido, que não estava no local no momento em que o padeiro foi encontrado”.
O advogado disse ainda que não está confirmado, por laudo necroscópico, se a causa da morte foi asfixia. “Esses exames demoram alguns dias. Não vi o atestado de óbito, mas se colocaram asfixia, pode ter havido alguma precipitação”, afirmou Payão.
O delegado seccional da Polícia Civil em Marília, Wilson Carlos Frazão, informou que o caso está sendo apurado por meio de inquérito.
Ele disse ainda que não existe, inicialmente, nenhum elemento conclusivo. O caso é apurado como “morte suspeita” e ainda não está afastada a possibilidade de acidente de trabalho.