Prefeitura pode perder R$ 395 mil para reforma em Museu no Centro
A Prefeitura de Marília tem até meados de março para evitar a perda de R$ 395 mil em recursos do Governo do Estado vinculados à reforma do Museu de Paleontologia.
Oficialmente, o projeto técnico passa por revisão na Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, a pedido de uma comissão estadual.
Marília foi certificada em março do ano passado como Município de Interesse Turístico (MIT) e passou a fazer parte de uma lista atualmente com 140 cidades que têm reconhecido potencial e podem receber recursos, anualmente, para projetos específicos.
Com a verba inicial do MIT, estava prevista a construção da primeira fase de um mirante na via Expressa da Sampaio Vidal (vale da zona Sul) e também a modernização do Museu de Paleontologia. Porém, foi constatado que o dinheiro era insuficiente.
Ainda no ano passado, o Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e a Prefeitura entraram em consenso e decidiram adiar a construção do mirante, focando no museu. A demora nas definições, que se arrastaram em 2019, trouxe para 2020 a preocupação com o prazo.
O Marília Notícia apurou que o projeto não havia sido feito de modo adequado até o começo deste ano.
Contra o calendário
Gilberto Rossi Júnior, que preside o Conselho e lidera o Marília e Região Convention & Visitors Bureau, reconhece que o “processo é lento” e afirmou ao Marília Notícia acreditar em tempo hábil para evitar a perda dos recursos.
“A Secretaria [de Planejamento Urbano] têm muitas demandas, mas é uma equipe comprometida e acreditamos que vai dar tudo certo com relação a estes ajustes, porque são questões pontuais, como por exemplo atualização de planilhas de valores. Nada muito complexo”, disse.
Ele explica que os 140 MITs do Estado formam uma espécie de “grupo de acesso”, para o almejado status de Estância Turística – atualmente 70 cidades – com benefícios diversos do Estado, por terem no turismo uma atividade reconhecidamente estratégica.
Gilberto admite que a não execução dos projetos pode comprometer o futuro de Marília como MIT e dificultar, inclusive, a aprovação de novos projetos, inclusive o de 2020.
“Há uma série de requisitos que temos que cumprir para manter esse credenciamento. Um deles, é a adequada realização do que foi planejado. Nossa expectativa é que dê tudo certo, com estes ajustes, e posteriormente a assinatura do prefeito e execução das obras, a partir do segundo semestre”, falou.
Previsão
Se o município vencer a corrida contra o tempo, o Museu de Paleontologia de Marília poderá passar por reforma completa no interior do prédio e fachada – esquina das avenidas Sampaio Vidal e Rio Branco.
Estão previstas duas réplicas de dinossauros (uma dentro e outra fora do prédio, remodelação das vitrines para exposição de fósseis, iluminação adequada, ar condicionado, acabamentos mais modernos nas salas, som ambiente e ferramentas tecnológicas, como recursos audiovisuais 3D.