Servidora que teve intoxicação em salão de beleza é punida
Após processo administrativo que durou sete anos na Corregedoria da Prefeitura de Marília, uma agente comunitária de saúde da zona Sul, que passou mal após inalar produto de alisar cabelo em salão de beleza (no horário de serviço), vai cumprir suspensão de dez dias.
Em seu depoimento à Corregedoria, a servidora da Saúde alegou ter saído cedo da unidade, para fazer visitas domiciliares. Ela disse que estava avisando os moradores do bairro sobre uma mudança no mapa do território, ou seja, alteração da unidade de referência.
Na volta, segundo ela, acabou parando em um salão de beleza para perguntar o preço do “selante”. Convidada pela cabeleireira, ingenuamente teria cheirado um produto químico, o que provocou a intoxicação.
A servidora precisou ser atendida pela médica da unidade onde trabalha e ficou em observação por três horas.
História desencontrada
Os depoimentos de testemunhas, ao longo da apuração, acabaram revelando que ela não havia relatado corretamente os fatos. O salão de beleza ficava fora da área de responsabilidade da agente de Saúde.
A corregedoria aplicou pena mínima, pelo fato da mulher ter se ausentado do local de trabalho, sem autorização da chefia.
Em novembro de 2018, a Corregedoria instaurou três sindicâncias para apurar “suposto exercício de atividades incompatíveis com o horário de trabalho” no Conselho Tutelar de Marília.
Em uma delas, conselheira afirmou ter presenciado uma de suas colegas tendo o cabelo alisado com uma chapinha, por outra integrante da equipe.
“Tal fato pode estar ocorrendo com certa frequência, pois o aparelho de alisamento (chapinha) fica dentro de uma escrivaninha nas dependências da sede do Conselho”, apontou a portaria que instituiu a apuração, ainda em andamento.