Marília confirma primeiro caso de leishmaniose em humano de 2020
Informe da Secretaria Municipal da Saúde de Marília, publicado no Portal da Transparência da Prefeitura, confirma o primeiro caso de leishmaniose visceral em humanos em 2020. Conforme apurou o Marília Notícia, a paciente é uma mulher de 38 anos que mora na zona Norte.
O resultado positivo foi confirmado à Vigilância Epidemiológica nos primeiros dias do ano e já consta no relatório do período de 1 a 17 de janeiro. A paciente mora no Jardim Santa Antonieta, região que registra grande parte dos casos de leishmaniose da cidade.
Conforme apurou o MN, as suspeitas da doença surgiram no ano passado. Inicialmente, os médicos que analisavam o caso desconfiaram de câncer.
A paciente era tratada na rede particular e após o diagnóstico está sendo assistida também no Serviço de Atendimento Especializado (SAE), que é vinculado ao município e trata infecções mais complexas.
Endemia
Em 2019 a leishmaniose (visceral) matou dez pessoas no estado de São Paulo. Entre as vítimas, uma mulher de 72 anos que também morava no Jardim Santa Antonieta e morreu em maio. No total, a cidade, teve 4 casos. No Estado, foram 85 pessoas acometidas pela doença.
Entre dez regiões – áreas de Vigilância do Estado – a de Marília foi a segunda com maior número de casos no ano, com 33 ocorrências. Ficou atrás apenas de Bauru, que registrou 38. Os municípios próximos a Marília com maior incidência foram Tupã (6) e Bastos (4).
Saúde em alerta
Para conter o avanço da doença – transmitida pelo mosquito palha – a Secretaria da Saúde de Marília deu início a novo inquérito sorológico canino. O objetivo é identificar animais que possam estar doentes e orientar os responsáveis.
A Prefeitura também oferece castração de cães (negativos para a doença) de pessoas que morem nas regiões afetadas. A campanha começou em 2018 e favoreceu a avaliação do município, em 2019, no Programa Estadual de Controle, que acompanha a resposta das autoridades locais ao perigo da doença.
Prevenção
Para evitar a leishmaniose, é importante eliminar todo tipo de material orgânico (folhas secas, galhos, restos de alimentos, chiqueiros, galinheiros, entre outras) que possam atrair o mosquito.
Em regiões onde a doença avança os cães, em geral, são os primeiros a adoecer e tornam-se reservatórios do protozoário que causa a infecção.
Por isso, é importante manter os quintais limpos e os animais em segurança, preferencialmente com coleiras que afastem os mosquitos.
Entre os sintomas da leishmaniose visceral em humanos estão febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, podendo levar a comprometimento da medula óssea e morte.