Mortalidade infantil cai e atinge menor índice da história em Marília
O índice de mortalidade infantil em Marília registrou em 2019 a menor taxa da história. Desde 2017, quando deixou de bater a casa dos dois dígitos, a cidade passou a registrar resultado dentro do limite recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Os dados fazem parte de levantamento feito pelo Marília Notícia na base de dados da Fundação Seade e do SIM (Sistema de Informações de Óbitos), informado pela Secretaria Municipal da Saúde.
A taxa é calculada pelo número total de nascidos vivos, observando os óbitos registrados até o primeiro ano de vida. Em Marília, durante o ano de 2019, foram 3.052 nascimentos. No mesmo período, 28 crianças morreram até o primeiro aniversário.
A taxa de mortalidade do ano (a cada mil nascidos vivos) ficou em 9,17. Em 2018, havia sido 9,98 e um ano antes, 9,89. Foram os únicos três anos da história – período da gestão Daniel Alonso – em que o município atingiu a meta internacional.
Entre 2013 e 2016 – gestão do ex-prefeito Vinícius Camarinha – a taxa de mortalidade infantil na cidade chegou a subir. Saiu de 10,41 no primeiro ano, para 13,74 em 2014. Nos dois anos seguintes, ficou estável, mas acima da meta da OMS: 11,51 em 2015 e 11,46 em 2016.
A base de dados da Fundação Seade mostra ainda que, para os marilienses, 1982 foi o pior da história nesse tipo de indicador. Naquele ano, a taxa de mortes foi de 50,72 bebês para cada mil que nasceram vivos. No ano seguinte, caiu para ainda impressionantes 36,16.
Mortes de bebês no Brasil
O dado oficial mais recente do país, divulgado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística – ainda é de 2018 e aponta taxa nacional de 12,4 óbitos para cada mil bebês nascidos vivos. O desempenho referente a 2019 ainda será divulgado.
Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, no estudo “Evolução da Mortalidade na Infância”, os casos se dividem entre morte neonatal e pós-natal. No primeiro caso, trata-se dos bebês de 0 a 27 dias de nascidos.
Nessa situação, ainda segundo o órgão, as condições de assistência (pré-natal, atendimento médico, parto, internação após o nascimento) são determinantes.
Já no segundo caso, em que a mortalidade infantil acontece de 28 dias até a véspera do primeiro ano da criança, são mais determinantes o ambiente sócio econômico, ou seja, acesso à alimentação, água de qualidade, saneamento básico, condições de moradia, entre outros.