Unimar recebe a palestra “Efeito Estônia” em parceria com a Acim e Codem
A Universidade de Marília (Unimar), o Conselho de Desenvolvimento Estratégico de Marília (Codem) e a Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim) promoveram o encontro “Efeito Estônia”, com o objetivo de apresentar e obter referências do modelo de gestão adotado pelo país que em 30 anos, após a independência, entrou para a lista de primeiro mundo e se tornou o mais digital do planeta. Durante o evento, a Acim anunciou a criação da Câmara Internacional de Negócios em cooperação com o país europeu.
A palestra foi realizada pelo consultor e cofundador do Estônia Hub, o mariliense Rafael Fassoni, que há anos mora no país e pesquisa as medidas adotadas pelo governo que transformaram a situação econômica. Segundo ele, a Estônia foi um dos poucos países no mundo que conseguiram um feito incrível de desenvolvimento em pouco tempo. “Após a independência em 1991 o país não tinha infraestrutura, havia pouco recurso e escassa mão de obra. A sociedade civil se organizou e criou séries de medidas que foram adotadas pelos governantes, gerando o crescimento”, conta.
Ainda segundo Rafael, a Estônia recebe o título de “país mais tecnológico do mundo”, mas as melhorias não se baseiam em tecnologia, e sim na junção de fatores. “Os governantes aproveitaram o crescimento da internet para alavancar o desenvolvimento do país, até mesmo como uma forma de redução de custos. Tudo na Estônia é digitalizado, beneficiando a educação, saúde e qualidade de vida. Mas, não é apenas isso, o governo adotou medidas que auxiliam na economia como o transporte público gratuito, isenção fiscal para pessoas jurídicas e a abertura de empresa em três horas. Medidas que colocaram o país entre os mais desenvolvidos do mundo”, ressalta.
Segundo o Presidente da Acim, Adriano Luiz Martins, a Estônia surgiu para a Associação Comercial através da busca por exemplos que possam ser colocados em prática em Marília e que vão contribuir com o desenvolvimento da cidade. “Quando empreendemos buscamos observar os que atuam na área para perceber como trabalham e seus diferenciais. Quando pensamos de forma mais ampla, a de contribuição com o desenvolvimento de nossa sociedade, buscamos por países e culturas que se destacam na execução de suas atividades. Seguindo estes princípios, escaneamos o mundo e buscamos quais as melhores práticas, melhores países e locais em que os cidadãos estão vivendo melhor e, através desta pesquisa, encontramos a Estônia” explica.
Este conhecimento e intercâmbio entre Brasil e Estônia gerou a criação do “Internacional Digital Business Chamber” ou a Câmara Internacional de Negócios Digitais, que visa beneficiar os empresários locais. Medida anunciada durante o evento.
Para Adriano, ficou claro que as medidas adotadas geraram transformações muito benéficas e é preciso que os empresários estejam unidos para gerar crescimento. “Criamos este canal de comunicação para que possamos a partir de então interagir, seja trazendo de lá metodologias, tecnologias e até mesmo exportando mão de obra, abrindo uma infinidade de oportunidade com toda a União Européia. Esta magnitude nos deixa otimistas por tudo que podemos conquistar para a nossa cidade, como na área da saúde, na educação, cultura e governo. A cidade de Marília tem muito a ganhar com essa parceria”, enfatiza.
De acordo com a Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária da Unimar, Fernanda Mesquita Serva, o evento abrilhantou o início do ano letivo da Universidade. “Acredito que este evento abre com chave de ouro o nosso primeiro semestre de 2020. Falo isso porque o Rafael trouxe experiências de sua vivência na Estônia, que é uma sociedade totalmente digital e que tem um olhar para com o outro. Este aprendizado pode trazer de volta para a nossa sociedade algo diferenciado, que é a vontade de transformação”, ressalta.
Ainda segundo a Pró-reitora, as medidas apresentadas serão usadas como referência para proporcionar ainda mais a inovação na Universidade. “Nós vamos trazer estas experiências e inspirações para dentro do campus universitário, cada vez mais fazendo a transformação digital, a inovação, a tecnologia favorecer a vida da comunidade externa, mas principalmente da comunidade interna que são os nossos alunos, professores e técnicos administrativos que aqui estão neste espaço”, finaliza Fernanda.