Acusado de matar agente de atletas de futebol é preso na região
Menos de 72 horas depois do assassinato do agenciador de jogadores de futebol Odair Donizete de Oliveira, o Dairzinho, de 43 anos, a equipe da Polícia Civil de Palmital (distante 100 quilômetros de Marília), comandada pelo delegado Giovanni Fernandes Bertinatti, identificou e prendeu o autor do homicídio.
A prisão aconteceu na noite desta quarta-feira (4), quando o autor foi conduzido à Delegacia de Polícia, confessou o crime e apresentou a arma usada para matar o agenciador.
O crime, de grande repercussão na região, foi praticado na noite de domingo (1) quando Dairzinho foi chamado e ao sair recebeu um tiro na altura do pescoço e morreu na hora.
O autor do homicídio, que teria chegado e fugido a pé da cena do crime, estava foragido e sem identificação, quando a equipe da Polícia Civil iniciou investigações para elucidação do caso.
Segundo o Delegado Giovanni, a identificação do autor do crime já foi feita na segunda-feira (2), quando foi pedida sua prisão à Justiça.
Colhendo informações, fazendo diligências e mantendo contato com a família, foi iniciado um processo de negociação que culminou com a prisão de J.A.N, de 32 anos.
Depois de permanecer foragido na região de Marília, o autor do homicídio voltou para casa na tarde desta quarta, quando foi conduzido à Delegacia de Polícia de Palmital e entregou a arma do crime, um revólver calibre 22.
Em depoimento ao delegado, na presença de seu advogado, o rapaz confessou o crime e alegou que a motivação teria sido vingança, pois Dairzinho teria assediado seu filho de 10 anos, que joga futebol, e também “mexido” com sua companheira.
No depoimento, o autor do crime disse que ficou muito transtornado com a revelação, que os detalhes não saiam de sua cabeça e que, como soube que Dairzinho estava naquela casa no domingo, decidiu praticar a vingança de morte, que acabou se consumando.
O autor do homicídio foi autuado na Delegacia de Polícia de Palmital por homicídio doloso, com agravante do fator surpresa e impossibilidade de defesa da vítima e pelo porte ilegal de arma, cujas penas somadas podem chegar a 34 anos de reclusão. Depois do depoimento, ele foi conduzido ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Lutécia, onde deve permanecer em prisão temporária de 30 dias.
O Delegado Bertinatti disse que o autor não possui antecedentes criminais, que jamais teve qualquer envolvimento com ilícitos, seja como menor ou depois de completar a maioridade, e que o homicídio de domingo foi o primeiro caso envolvendo seu nome.
“Estamos com muito trabalho e atuando com uma equipe reduzida, mas felizmente conseguimos elucidar todos os casos registrados até agora, com 100% de esclarecimento dos homicídios”, finalizou o delegado.