Rezende favorece Prefeitura e gera bate-boca na Câmara
A inclusão de 19 projetos para votação ainda este ano pela Câmara de Marília levantou bate-boca na sessão desta segunda-feira (2) após uma decisão controversa do presidente da Câmara, Marcos Rezende (PSD), que beneficiou a Prefeitura.
Rezende alegou uma possível confusão sua na hora de contar os votos dos vereadores presentes, mas ouviu de outros parlamentares que estava tentando dar um “passa moleque” – expressão utilizada para dizer que se está tentando enganar alguém.
O problema envolveu o requerimento para inclusão de projetos para votação na ordem do dia nas próximas sessões do Legislativo. O pedido foi feito pelo novo líder do governo, vereador Albuquerque (PRB).
Entre os vereadores presentes – Professora Daniela (PL) não compareceu – seis votaram contra o pedido de Albuquerque e cinco foram favoráveis. Muitos dos projetos sequer haviam passado pelas comissões internas da Câmara.
O presidente Rezende, que só se posiciona com o voto de minerva, errou ao entender que havia ocorrido um empate e se colocou a favor da inclusão dos projetos de interesse do Executivo.
Após poucos minutos, já no prosseguimento da sessão, o vereador Luiz Eduardo Nardi (PL) questionou Rezende sobre o ocorrido, alegando que com a configuração da Câmara naquele momento não poderia ter ocorrido um empate.
O requerimento de Albuquerque foi novamente colocado em discussão e desta vez o vereador Mário Coraíni (PTB) mudou seu voto. Inicialmente ele também havia votado contra a inclusão das proposituras em ordem do dia de sessão próxima.
Também votaram contra Maurício Roberto (PP), Danilo da Saúde (PSB), Luiz Eduardo Nardi, Zé Luiz (PSDB) e Delegado Damasceno (PSDB).
Membros do governo Daniel Alonso (PSDB) ouvidos pelo Marília Notícia criticaram os vereadores que votaram contra o requerimento.
“Inclusive os projetos dos professores e diretores, correção de distorções que iriam ter perdas salariais”, disse um interlocutor da administração sobre os projetos propostos com temas importantes.