Incerteza sobre 13º leva médicos da ESF a decidirem por greve
O Sindicato dos Médicos de São Paulo aguarda uma audiência com a Prefeitura de Marília para tratar sobre a decisão pela paralisação de médicos que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF) e outros convênios entre administração municipal e Gota de Leite.
Um ofício foi enviado ao gabinete do prefeito Daniel Alonso (PSDB), com cópia ao secretário de Saúde, Ricardo Sevilha Mustafá, na segunda-feira (25). A reunião da categoria aconteceu dias antes – em 22 de novembro.
Os médicos teriam decidido pela paralisação, segundo o ofício, “em razão dos constantes atrasos no pagamento de salários, de férias e do 13º salário”.
Segundo o documento, “não há garantia de pagamento dos próximos salários além do 13º e das férias já programadas”.
O sindicato pediu uma audiência para “diálogo e o início de negociações antes da deflagração da greve”.
A Prefeitura faz repasses para a Gota de Leite, que repassa recursos médicos e demais servidores da ESF e outros serviços conveniados.
Além da ESF, a Prefeitura mantém contrato com a Gota de Leite para funcionamento do Pronto Atendimento (PA) da zona Sul, do serviços de atendimento à obesidade infantil (Caoim) e da Saúde do Trabalhador (Cerest). Todos os funcionários desses locais também ficaram com salários atrasados.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a administração municipal informou por meio de nota “desconhecer movimento de greve e reitera que os repasses do Programa Saúde da Família estão em dia”.
Normalmente os atrasos ocorrem porque a administração municipal demora para pagar a Gota. No entanto, desta vez a reportagem apurou que o secretário de saúde explicou ao Conselho Municipal de Saúde que a Gota teria utilizado a verba para pagamento de impostos atrasado. No entanto, a situação já estaria normalizada.
A Gora de Leite foi procurada para comentar, mas respondeu por meio de assessoria de imprensa que não iria se manifestar.