Planos de saúde têm menor número de usuários desde 2011
Assim como milhares de marilienses, o atendente Tiago Lopes de Lima resolveu cancelar o plano de saúde dele e de sua esposa recentemente. O motivo é a prolongada crise econômica, que achatou os rendimentos da família, e o elevado custo de vida.
Só entre junho e setembro deste ano são 3,6 mil usuários de plano de saúde a menos em Marília, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar. Uma redução de 4,5% em apenas três meses.
É o menor número desde 2011 e todo esse contingente passa a depender somente do Sistema Único de Saúde (SUS). Setembro de 2014 foi o ápice no número de usuários dos planos, com 85,5 mil cadastros. Agora são 74,9 mil.
“Minha esposa ficou anos pagando o plano de saúde, mas só utilizamos uma única vez”, conta Tiago. O custo mensal para o casal era de R$ 700, aproximadamente, o que pesou para a decisão.
Para ele, o valor era “abusivo” e “estava extrapolando nosso orçamento”. “Se o valor não fosse tão alto, talvez fosse possível continuar pagando”, afirma o atendente.
Recentemente a esposa de Tiago passou por um longo período de desemprego, o que comprometeu a renda da família que agora depende do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Tivemos que usar o sistema público e é um descaso total, demora muito”, lamentou Tiago.
Os meses entre setembro de 2014 e 2015 representaram o período mais intenso de fuga dos planos de saúde em Marília.
Desde então houve queda menos acentuada até junho do ano passado, quando passou a ser registrada uma melhora progressiva. Isso até o junho, quando a quantidade de usuários de planos despencou.