Fiscalização da merenda mostra que Emef de Marília é reincidente
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) realizou mais uma fiscalização ordenada para verificar a qualidade da merenda servida em 216 municípios. Novamente foram encontrados problemas em Marília.
A unidade visitada na cidade foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Amaury Pacheco, localizada no Jardim Bandeirantes, na zona Oeste. O mesmo local foi visitado em fiscalização realizada em junho deste ano.
Um dos problemas é que não existe alvará ou licença de funcionamento emitido pela Vigilância Sanitária, nem relatório de inspeção de boas práticas emitido pelo mesmo órgão.
Outra irregularidade – como acontece com quase todos os prédios públicos existentes na cidade – é a falta de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
Também foi verificado que o nutricionista responsável não elaborou as Fichas Técnicas de Preparo individualmente para cada alimento, indicando o tipo (arroz, bife, salada, etc), composição nutricional e modo de execução da receita.
A escola foi considera reincidente nos três tópicos citados acima, já que os mesmos problemas foram citados na fiscalização em junho.
Sanados
Por outro lado, alguns problemas encontrados na última visita dos técnicos do TCE foram sanados.
Em junho deste ano foi informado que o Conselho de Alimentação Escolar na cidade não fazia a vistoria das merendas nas escolas. Isso, segundo o relatório atual, mudou.
Também passou a constar na escola o registro da última avaliação do Conselho, realizada há quatro meses.
Conjuntamente passou a constar na unidade o registro sobre a última limpeza e higienização das caixas d’água – documento que antes não existia. O serviço foi executado em julho.
Problemas mais graves, como alimentos em condições inadequadas de estocagem, fora do prazo de validade e armazenados em locais impróprios foram encontrados em escolas de diversas cidades do Estado, mas não foi o caso de Marília.
Prêmio
No ano passado a escola vistoriada foi uma das dez vencedoras do prêmio Crianças Mais Saudáveis, promovido pela Fundação Nestlé e pelo Instituto Crescer, com o objetivo de despertar nos educadores a promoção de novos hábitos nas unidades escolares.
A escola foi escolhida pelo projeto “A Melhor Escolha na Escola: Melhor Alimentação e Recreação” que propõe cuidados com o refeitório, implantação de horta na escola, preparação de alimentos na cozinha experimental, produção de cartazes sobre cardápios e outros temas sobre hábitos alimentares saudáveis.
Na época foi anunciado a entrega um troféu, além de R$ 35 mil que seriam repassados através de melhorias para a escola, tais como a montagem da cozinha experimental, aquisição de equipamentos de multimídia, adequações no espaço físico, pintura da quadra, forro do pátio coberto e aquisição de kits esportivos, entre outras.