Moradores reclamam da falta de remédios em Pompeia
A Prefeitura de Pompeia (distante 31 quilômetros de Marília) divulgou na última semana que a aquisição de medicamentos de janeiro a outubro deste ano já soma mais de R$ 1,6 milhão investidos pela administração municipal. Ainda segundo o poder público, o gasto anual é crescente e chega a quase R$ 2 milhões.
Entretanto após a publicação da matéria, moradores começaram a relatar nas redes sociais a falta de remédios. As reclamações foram feitas em grupos de WhatsApp e no Facebook.
No Facebook um usuário relatou que está sem medicação há três semanas. “O meu remédio não tem! Há três semanas que não chega. Só resta esperar ou comprar”, escreveu.
“Eu fui pegar um remédio controlado e tive que esperar duas semanas pra manipular porque não tinha’, disse outra moradora da cidade.
No WhatsApp uma munícipe escreveu: “existem remédios que estão em falta, fiquei sem prednisona e dipirona”. Logo em seguida a assessoria da Prefeitura local respondeu dizendo que na própria reportagem havia a informação sobre a faltas pontuais.
Conforme a matéria do órgão oficial, o superintendente do Departamento de Higiene e Saúde (DHS), Rogério Teixeira Barbosa ‘Pida’, informou que 90% dos medicamentos do último lote comprado já estão sendo entregues.
“A falta eventual de alguns medicamentos se deve ao fato de que os processos para aquisição esbarram em questões como a falta do princípio ativo de algumas marcas, ou até mesmo o atraso na entrega por parte do fornecedor. Quando isso ocorre, nós notificamos a empresa por não cumprir com as cláusulas do contrato, e se, mesmo assim, a entrega não é realizada, nós multamos a empresa”, explicou.
Segundo a Prefeitura, a demanda pelos medicamentos vem aumentando nos últimos anos. Em 2015 Pompeia fornecia cerca de 290 medicamentos diferentes. Em 2019 esse número saltou para 542 itens, sendo 480 licitados e 62 manipulados, dentre outros.
O DHS estima que em números gerais a demanda pelos remédios tenha praticamente duplicado nos últimos 4 anos.