Finados: Cemitério da Saudade deve receber cerca de 50 mil pessoas
Em ocasião do Dia de Finados, este sábado (2), a Prefeitura de Marília espera a presença de até 50 mil visitantes no Cemitério da Saudade, localizado na avenida da Saudade, zona Oeste de Marília.
O local ficará aberto até 17h e a administração colocou à disposição da população copos de água, tenda com café e chá, banheiros químicos e carrinho elétrico para pessoas com mobilidade reduzida.
O prefeito Daniel Alonso (PSDB) esteve no local em companhia do presidente Empresa Municipal de Mobilidade Urbana (Emdurb), Valdeci Fogaça, que colocou 50 funcionários para trabalhar no local.
“Parabéns ao presidente doutor Valdeci Fogaça pelo belo trabalho frente à autarquia”, publicou o prefeito Daniel em suas redes sociais. “A saudade é aquele sentimento que não cabe no coração”.
Pé de Veludo
Tradicionalmente no Dia de Finados, em Marília o túmulo mais visitado é o do “Pé de Veludo”, como ficou conhecido Guaracy Marques Pinto, que morreu aos 21 anos.
Lembrado como o Robin Hood, da obra escrita por Howard Pyle em 1883, o anti-herói mariliense, Pé de Veludo, ainda é uma figura polêmica.
Ele já virou filme, livro e até tema para trabalho universitário. O inicio da fama de Pé de Veludo surgiu a partir dos inquéritos policiais entre 1958 e 1964, quando o criminoso ganhou destaque ao furtar 36 residências em menos de 15 dias no município.
Após os crimes, Pé de Veludo era o principal alvo dos policiais. Os depoimentos das ocorrências registradas ainda são controversos devido a ousadia do criminoso.
O ladrão conseguia furtar as casas com os moradores presentes. Inclusive, Pé de Veludo costumava comer e até usar o banheiro dos imóveis. Ele ainda deixava bilhetes para as vítimas, como “estava uma delícia”.
A lembrança do criminoso é considerada positiva porque Pé de Veludo costumava presentear os mais necessitados, ganhando a fama de Robin Hood Tupiniquim.
A lenda diz que o criminoso fazia compras para famílias carentes, pagava balas e refrigerantes para as crianças.
Pé de Veludo teve uma morte violenta em 1964, o que ocasionou muitas versões sobre o fato. Em uma diligência para localizar o bandido, o delegado Ewerton Fleury Curado foi executado com dois disparos por Alcyr, irmão de Pé de Veludo.
O delegado havia descoberto um arsenal de armas em um cômodo da casa dos irmãos, foi surpreendido e assassinado.
Quando a notícia foi divulgada, a polícia conseguiu localizar Pé de Veludo na residência e um tiroteio foi iniciado.
Há relatos de várias horas com trocas de tiro. Mesmo com a casa cercada, o criminoso ainda resistia. Os policiais conseguiram atingir Pé de Veludo com uma bomba de cloro arremessada na residência.