Rivalidade entre vereadores vira bate boca e troca de farpas
O vereador José Luiz Queiroz (PSDB) entregou nesta terça-feira (22) seu cargo de 4º secretário na mesa diretora da Câmara de Marília, que tinha nomeação válida até o final do ano que vem.
O tucano alega “incompatibilidade com a forma como a presidência vem conduzindo os trabalhos do Parlamento Municipal”.
A saída da função vem um dia após uma discussão na sessão da Câmara desta semana entre Zé Luiz e o presidente do Legislativo, vereador Marcos Rezende (PSD), que foi acusado de atuar como líder do Executivo – função que ocupava antes de chefia a Casa de Leis e agora está desocupada formalmente.
A polêmica começou após Rezende fazer um requerimento verbal para inclusão na ordem do dia da próxima sessão ordinária, na semana que vem, de um polêmico projeto de lei que autoriza a Prefeitura a fazer um empréstimo de até 23 milhões – que já foi votado, aprovado e precisa de correções.
Zé Luiz afirma que o presidente da Câmara tem tomado “reiteradas atitudes antidemocráticas” que seriam desprovidas de “qualquer traço de imparcialidade institucional” e que visam “apequenar o Poder Legislativo”.
Rezende
Via assessoria de imprensa da Câmara, Rezende se manifestou sobre as declarações de Zé Luiz. “Nossa condução dos trabalhos do Legislativo tem sido marcada pela democracia, pelo diálogo e sempre pela obediência às normas regimentais”, disse o presidente.
Zé Luiz, que preside a Comissão de Finanças e Orçamento teria se posicionado contrário ao projeto de empréstimo em um parecer, mas acabou derrotado pelos demais membros do colegiado.
“Esta Presidência entende que, ser voto vencido em uma Comissão não é motivo para renúncia, uma vez que todos somos adultos, representantes eleitos democraticamente pela população e temos o dever de respeitar a vontade da maioria, em qualquer situação”, continuou Rezende.
“No Plenário, somos treze vereadores: algumas vezes saímos derrotados, em outras conseguimos aprovar nossos projetos, mas nunca abandonamos nossos deveres e responsabilidades como faz o Vereador, por conta de derrotas ou porque as coisas não caminham como ele acha que deveriam caminhar, afinal, ninguém é dono da verdade”, concluiu o parlamentar do PSD.