Júri define hoje o destino de homem que matou com ‘tesourão’
O Tribunal do Júri julga nesta segunda-feira (24) a partir das 10h Felipe Augusto Alves Marinho. Ele é acusado de assassinar com 34 tesouradas o autônomo Paulo Fernandes Guimarães, de 31 anos, em 13 de abril de 2016.
Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), no dia do crime, por volta de 5h, o acusado matou a vítima com emprego de meio cruel e com recurso que dificultou sua defesa.
O homicídio aconteceu na rua da Glícinias, no Jardim Marília, zona Oeste da cidade. Felipe teria se desentendido com o autônomo em um posto de combustíveis, se apossou de uma tesoura de jardinagem e perseguiu Paulo que teria conseguido correr.
Em seguida Felipe pegou sua moto e teria ido atrás da vítima. O acusado derrubou a moto e investiu contra Paulo. Felipe tem conhecimento de lutas marciais e fraturou o antebraço esquerdo do autônomo, o imobilizando com técnicas de jiu-jitsu.
Na sequência ele golpeou Paulo com 34 tesouradas. O golpe fatal teria sido no coração.
Na época do crime o delegado Valdir Tramontini, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), disse que o homicídio começou a ser desvendado quando os policiais seguiram os respingos de sangue que a vítima havia deixado, entre onde o corpo foi localizado e o posto.
Imagens do estabelecimento e testemunhas presenciais confirmaram a autoria do crime por Felipe. Ele se entregou a polícia dois dias depois do homicídio, confessou tudo, mas alegou legítima defesa.
Em novembro de 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu o habeas corpus a Felipe, porém em fevereiro deste ano ele foi preso por crimes do sistema nacional de armas e portanto aguarda julgamento na prisão. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado (meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima).