Dengue em Marília: sexta pessoa tem morte confirmada na cidade
O Hospital das Clínicas de Marília confirmou nesta quinta-feira (19) mais uma morte de um paciente com dengue. O metalúrgico Marcelo José da Silva, de 45 anos, morreu ontem (18) no hospital por volta das 20h30.
Segundo a assessoria de imprensa do Complexo Famema, o morador do Jardim Acapulco em Marília, estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas desde o dia 9 de fevereiro.
O homem faleceu tendo como causa principal choque séptico no trato urinário e como causas secundárias que contribuíram para o óbito, insuficiência renal e dengue.
No dia 9 de fevereiro, o paciente foi conduzido inicialmente ao Pronto Socorro do HC pela equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) após sofrer parada cardiorrespiratória. Devido à gravidade do seu quadro clínico, foi transferido para a UTI.
No velório, o irmão Maurício Luiz da Silva disse em entrevista à TV Tem, que houve demora no diagnóstico e tratamento da doença. “Saiu dizendo que estava tratado. Falaram que era dengue ou uma possível infecção urinária, mas sem exame. Ele voltou duas horas depois de ter alta no PA norte, com parada cardíaca, aí que eles colheram a sorologia e ainda demorou quatro dias”, conta.
MORTES
Em menos de dois meses já são contabilizadas seis mortes confirmadas e uma suspeita, devido a doença em Marília.
A reportagem tentou por diversas vezes uma resposta oficial da Prefeitura de Marília, mas não obteve sucesso em nenhuma delas.
Em entrevista recente, o assessor de imprensa da Prefeitura, Klaus Bernardino, a Secretaria de Vigilância Epidemiológica ainda avalia os dados dos prontuários enviados pelos hospitais e deve divulgar relatório na próxima semana. Marília vive uma epidemia de dengue e até o último levantamento eram 1.827 casos (número contestado pela população).
A Santa Casa de Marília confirmou nesta manhã que somente no hospital já foram 5 mortes: 4 mulheres adultas e o adolescente João Renato Mendes, de apenas 14 anos [leia aqui].
Contabilizando os 5 casos da Santa Casa, mais o do metalúrgico, são 6 óbitos confirmados. O caso tratado ainda como suspeito é o da idosa Rosa da Silva, de 61 anos, que morreu na calçada após ser dispensada de um posto de saúde por falta de médicos [leia aqui].