TCE julga irregular recapeamento de Bulgareli
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) julgou irregular um aditivo feito em contrato de R$ 2,9 milhões para recapeamento de vias públicas na gestão do ex-prefeito Mário Bulgareli.
A rescisão contratual, realizada já no governo Vinicius Camarinha (PSB), em 2013, também possui problemas, conforme o entendimento do órgão fiscalizador. A decisão definitiva foi publicada no Diário Oficial na semana passada.
O serviço deveria ter sido executado em 150 dias, com prazo iniciado em junho de 2008. O contrato e a própria licitação já haviam sido julgados irregulares em 2010.
Agora, seguiram o mesmo caminho outras decisões administrativas envolvendo o caso.
O aditivo prorrogando por 90 dias o prazo – sob alegação de fortes chuvas durante o período fixado inicialmente – teve sua formalização feita fora do período legal.
Outro problema foi a “ausência de comprovação de recolhimento da garantia contratual para o período aditado”.
Já a rescisão contratual feita de forma unilateral pela Prefeitura, na administração passada, sofreria da falta de documentos.
“Ausência de Termo de Ciência e de Notificação do responsável que firmou a rescisão contratual”, aponta o TCE.
Decisão
O conselheiro Renato Martins Costa julgou irregular a ampliação do prazo e reconheceu a rescisão unilateral para encerramento do ajuste, mas a considerou “sem prejuízo ao julgamento desfavorável”. A decisão foi acompanhada pelos demais conselheiros da 2ª Câmara do TCE.
De acordo com Costa, além das irregularidades verificadas, os vícios encontrados na licitação e no contrato original já seriam suficientes para classificar como irregulares os demais decisões administrativas.
Foi determinada a comunicação ao Legislativo mariliense sobre as “irregularidades verificada nas contas ou na gestão públicas, enviando-lhes cópia dos respectivos documentos”.
Outro lado
Procurado pelo Marília Notícia, o ex-prefeito Vinicius disse que “todas as contas” de sua gestão “foram aprovadas pelo TCE”. “Todos os atos da administração obedeceram à lei de licitação”, completou.
A reportagem não conseguiu falar com Bulgareli. O espaço está aberto para manifestação.