Segurança pública está em alerta contra ofensiva do PCC em Marília
Um comunicado foi emitido pelas secretarias de Segurança Pública (SSP) e Administração Penitenciária (SAP) alertando agentes de segurança pública sobre riscos de ofensivas do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Marília.
As orientações foram encaminhadas em todo Estado de São Paulo devido a transferência de 22 líderes da facção criminosa, incluindo seu líder, Marcos Camacho, o Marcola, para presídios federais na última quarta-feira (13).
No mesmo dia, a Polícia Militar realizou a terceira fase da “Operação São Paulo Mais Seguro” e colocou 100% do efetivo nas ruas das cidades do Estado. Os policiais foram alertados sobre a necessidade de cuidados contra retaliações criminosas.
Em Marília, a direção da penitenciária local se reuniu com agentes penitenciários, de escolta e muralha, para orientá-los de possíveis comportamentos suspeitos na população carcerária da unidade.
Para Luciano Novaes Carneiro, diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários de São Paulo (Sindasp), as recomendações foram emitidas tanto para agentes quanto para policiais militares.
“O comunicado é que todo cuidado é pouco. Fomos orientados a evitar lugares suspeitos, como bares e locais mais distantes em determinados horários. Todo mundo está de sobreaviso. Mesmo com a atuação brilhante na transferência dos presos, ainda assim existe um grande risco”, explicou Carneiro.
O Marília Notícia acionou a SSP para esclarecer a situação de risco aos civis, mas nenhum detalhe foi divulgado.
“As polícias Civil e Militar foram orientadas e estão preparadas para atuar sempre que houver necessidade. As ações preventivas de segurança são estratégicas e não podem ser detalhadas”, disse em nota.
Até a publicação desta reportagem, a SAP não respondeu a solicitação do MN sobre a possibilidade de motins envolvendo a população carcerária de Marília e região.
Retrospecto
Em 2006, a transferência de presos do PCC para o presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau (a 230 quilômetros de Marília) provocou a maior onda de violência no Estado.
Houve uma guerra entre as forças de segurança e membros da facção criminosa, que deixou um saldo de 564 mortos, dos quais 505 eram civis.