Vigilância alerta para risco de epidemia de dengue em Marília
A Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Marília emitiu um comunicado interno para hospitais e pronto-atendimentos da cidade com alerta para a possibilidade de nova epidemia de doenças relacionadas ao mosquito aedes aegypt.
São as chamadas arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. Uma das principais preocupações é com a volta da circulação da dengue tipo 2 que afeta outros municípios do interior paulista.
“Está confirmada epidemia na cidade de Bauru com mais de 600 casos positivos de dengue tipo 2. Ficando evidenciado o risco eminente de nova epidemia no município de Marília”, diz o comunicado da vigilância.
Nesta semana o governador João Dória (PSDB) colocou todo o Estado de São Paulo em alerta após confirmação do vírus em 19 cidades.
Em Marília, lembra a vigilância epidemiológica, “até 2018 estávamos com o vírus 1 circulante”.
Orientações
A supervisora da vigilância epidemiológica de Marília, enfermeira Alessandra Arrigoni Mosquini, que assina o comunicado à rede de saúde, orienta no documento quais devem ser as ações tomadas.
“Os setores devem ampliar o olhar para suspeitos, assim como, estabelecer plano estratégico para a possível alteração no perfil de atendimento”, escreve.
Alessandra lembra aos hospitais privados sobre a resolução da Agência Nacional de Saúde (ANS) que determina a realização de testes convencionais ou rápidos em todos os casos suspeitos de arboviroses.
Ela também fala da instituição de “brigadas contra o vetor [o mosquito] apoiando as ações do poder público”.
Liraa
O Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado em Marília no mês de outubro, também mostrava a cidade na situação de risco de surto de dengue e revelou piora na situação local.
Em 4% dos prédios vistoriados foram encontradas larvas do mosquito que também é responsável pela transmissão da zika e febre chikungunya. No mesmo mês do ano anterior o índice era de 0,5%.
Em agosto de 2018 a situação já era de alerta no município. Naquele mês foram encontradas larvas em 1,7% dos imóveis vistoriados.
Meses antes, em maio, a cidade se enquadrava em um nível considerado satisfatório, com apenas 0,3% dos endereços com positivo para a existência do Aedes em seu estágio larval.
Quando o índice está abaixo de 1% a situação é tida como satisfatória. Até 3,9% a classificação é de alerta e além disso existe o risco de surto.
Um novo levantamento está programado para ser feito agora em fevereiro.