Plantão da Divisão de Zoonoses têm apoio dos moradores
O secretário municipal da Saúde, Ricardo Mustafá, e a equipe da Divisão de Zoonoses de Marília agradeceram à população do bairro Nova Marília III pela cooperação no último sábado (15), durante o plantão para o combate à leishmaniose. Foram coletadas amostras de sangue de 67 cães para avançar no inquérito sorológico canino.
Os responsáveis por animais com resultado negativo para a doença serão contatados em breve pelo ICEV (Instituto de Cirurgias e Especialidades Veterinárias), que mantém contrato com o município para realizar castrações em animais nas áreas prioritárias.
O Nova Marília III entrou no mapa de prioridade (antes somente bairros da zona norte) após caso de leishmaniose visceral ser constatado em um morador. O paciente recebe tratamento na rede de saúde e passa bem.
A presidente da Associasul (Associação dos Moradores do Nova Marília), Helena Damacena, classificou a ação como fundamental. “Um excelente trabalho, que inclusive precisa ser ampliado para que a população tenha mais informações sobre a doença”, disse.
O plantão da Zoonoses aconteceu das 9h às 16h, em frente ao “Bar do Rodrigo”, na rua Geracina Lopes Gonzáles, 199. O local já é conhecido da população local como posto de vacinação volante durante a Campanha Antirrábica.
A estratégia, para atender moradores de imóveis fechados durante a semana, repetiu ação similar já realizada nos bairros Jânio Quadros, JK, Santa Antonieta e Jardim Renata. Além do cuidado com a saúde dos cães é fundamental a limpeza dos quintais.
Transmitida pelo mosquito palha (que se reproduz em matéria orgânica), a leishmaniose é uma doença grave, que pode matar também humanos. O esforço dos veterinários e profissionais é para proteger a população de cães, orientar os moradores sobre os riscos que todos correm e evitar sofrimentos, com casos positivos e óbitos.
SINTOMAS
A leishmaniose, tanto em cães quanto em humanos, pode passar um longo período sem manifestar qualquer tipo de sintoma. Entretanto, o conjunto de sinais mais comuns em cachorros acometidos pela doença inclui perda de peso, pelagem opaca, falta de apetite, úlceras, anemia, apatia, inchaço nos gânglios, diarreias e vômitos persistentes.
O cão apresenta ainda crescimento exagerado das unhas, conjuntivites, hemorragias nasais, ferimentos na pele (nas áreas do focinho, orelhas, cauda, articulações e ao redor dos olhos), abdômen inchado, atrofia muscular, perda de pelos e descamações na pele.
Uma das formas de prevenção é o uso de coleiras com repelentes. A vacinação também é recomendada. Em caso de dúvidas, a população pode entrar em contato com a Divisão de Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde, pelo telefone (14) 3401-2054.