Votação para presidência da Câmara movimenta política local
A eleição para o próximo presidente da Câmara de Marília e demais membros da mesa diretora no biênio 2019/2020 acontece no próximo dia 11 de dezembro e tem movimentado os bastidores da política municipal. É o dia seguinte ao da última sessão ordinária do ano.
José Carlos Albuquerque (PRB) é o único parlamentar que declara abertamente sua candidatura à chefia da Casa de Leis, mas a reportagem apurou que Marcos Rezende (PSD) também tem conversado com os colegas sobre o assunto.
Mais incerta e com menos força, pode surgir ainda uma terceira via com o vereador Zé Luiz Queiroz (PSDB), por exemplo, e até mesmo outras surpresas, já que não é necessário registrar a candidatura antecipadamente.
Legalmente, o atual presidente, Delegado Damasceno (PSDB), é o único que não pode disputar a reeleição para o comando do Legislativo. No entanto, existe a possibilidade de tentar outro cargo na mesa diretora, o que não seria incomum.
Presidente da Câmara, primeira e segunda vice-presidências, além do primeiro ao quarto secretários serão escolhidos. Sete funções e 13 vereadores que votam verbalmente para cada uma delas.
Em caso de empate, aquele com mais tempo de mandato leva. Empatou novamente? O critério para escolha passa a ser a idade, o mais velho ganha.
A presidência da Câmara é extremamente importante, já que assume o Executivo na ausência do prefeito e seu vice, dá a palavra final sobre a pauta de votação, nomeia as comissões parlamentares, conduz as sessões legislativas, é responsável pelo orçamento do Legislativo, além da função política primordial na cidade.
Se a disputa ficar entre Rezende e Albuquerque seriam dois estilos diferentes, mas com experiência de outras legislaturas. O primeiro vindo do setor produtivo, o segundo dos meios militares.
Vereadores
Albuquerque afirma que já tem um grupo de sete vereadores para ocupar cada um dos cargos da mesa diretora, mas explica que não pode abrir o voto, ou seja, revelar os nomes, conforme combinado com seu grupo.
“Venho conversando há quase dois anos, tenho experiência administrativa, é meu quarto mandato”, disse Albuquerque ao Marília Notícia.
Procurado pelo site, nesta terça-feira (4) Rezende não assumiu a candidatura. “Não sou candidato”, declarou. Mas em seguida deu a entender que todos os vereadores, menos o atual presidente, são virtuais concorrentes. “Temos 12 candidatos”.
Vários vereadores confirmaram as movimentações de Rezende. Recentemente ele disse ao MN que se tivesse apoio dos demais parlamentares, e convocado por eles, tentaria sim o pleito. O membro do PSD deixou a liderança do governo recentemente.
Em conversa com a reportagem nesta terça-feira, Zé Luiz disse que não é candidato, mas também afirmou que não renunciou ao seu direito de disputar. “Estou pensando ainda, até o final de semana. Não decidi meu voto”, comentou.
Outros vereadores ouvidos pelo MN confirmam que não há unanimidade e o pleito não está fechado.
“Não será tão harmônico quanto a escolha do atual presidente, Damasceno, que praticamente fluiu naturalmente. Tudo pode acontecer”, disse um deles ao pedir para não ser identificado.