Moradores organizam protesto na praça de pedágio da SP-333
Famílias prejudicadas com a cobrança da praça de pedágio na rodovia Dona Leonor Mendes de Barros (SP-333) estão organizando um protesto no próximo sábado (27). A alegação é de que, mesmo pagando IPTU de Marília, foram isoladas de acessar o município.
A manifestação espera reunir pelo menos 200 pessoas na praça de pedágio, reivindicando a isenção da tarifa para veículos (R$ 7,30) dos moradores da Villa Bela I, II e III, Centro Mesquita e Fazenda do Estado.
Conforme o advogado que representa os moradores, Divino de Castro, pelo menos 300 famílias tiveram o deslocamento restringido após o início da cobrança, no dia 15.
“É injusto pagar R$ 7,30 para trafegar por dois quilômetros da rodovia. Muita gente está sem acesso à cidade. Vamos levar rojões, cartazes e até paralisar o fluxo de trânsito por alguns minutos. A Prefeitura, Câmara Municipal e a Polícia Rodoviária já foram informadas”, comenta o advogado.
Questionado a respeito dos acessos alternativos, como a estrada vicinal, Divino Castro alega que a Entrevias, empresa que administra a rodovia, bloqueou a passagem dos moradores.
“A divisão da pista foi estendida pela Entrevias para impedir que os moradores utilizassem a vicinal. O bloqueio obriga que os condutores tenham que entrar na contramão para retornar para casa. Estamos procurando meios legais para impedir que continuemos onerados pela empresa”,
As famílias entraram com um mandado de segurança e uma representação junto a Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) para conseguiram a isenção.
O Marília Notícia questionou a Entrevias sobre as reivindicações dos moradores. A concessionária informou que está realizando estudos para que a tarifa cobrada no pedágio seja referente aos quilômetros trafegados pelos moradores.
“A Entrevias iniciará estudos para a implantação de um sistema tipo ‘Free Flow’, conhecido como Ponto a Ponto, que opera considerando a distância percorrida na rodovia. A instalação desse tipo de sistema não é uma obrigação da concessionária, como são os investimentos em obras de duplicação recentemente entregues, implantações de equipamentos e serviços de auxílio 24h para os usuários. O resultado será apresentado, posteriormente, à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). O prazo de estudo é de pelo menos quatro meses”, notificou.