França diz que não apoia PT e Doria cola em Bolsonaro
O primeiro bloco do debate dos candidatos a governador de São Paulo promovido pela Band foi marcado por interrupções da plateia e bate-boca entre João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB). Com uma eleição disputada à frente, segundo as pesquisas de opinião, ambos tentaram, entre trocas de acusações, manter as estratégias apresentadas na campanha até o momento: enquanto o tucano acusou França de ser socialista e de ter laços com o PT, o governador disse que nunca apoiou o PT, que o ex-prefeito é um “traidor” e também foi beneficiado pelos governos petistas.
Doria acusou França de esconder o nome do partido. “Você é do partido socialista brasileiro, seu chefe da casa Civil é Aldo Rebelo, que foi do PCdoB”, acusou o tucano. “Nunca escondi e não traio o meu partido, diferentemente de você, que traiu Geraldo Alckmin”, rebateu França, lembrando que também ajudou a elegê-lo em São Paulo. “O Bolsonaro é um cara simples, nada a ver com você. Ele é um coitado por ter que arrastar você.”
Além das pechas que tentaram colar um no outro, os candidatos também trocaram acusações. França acusou Doria de receber dinheiro do BNDES para comprar um jatinho. Doria, por sua vez, aludiu ao suposto apelido que o governador tem na lista da delação da Odebrecht: Paris. “Se você encontrar meu nome em alguma lista, João, eu renuncio ao meu mandato como governador”, rebateu França.
Até xingamentos foram ouvidos no primeiro bloco. “Você está neurótico com essa coisa de PT”, disse França, lembrando que o candidato foi esnobado por Bolsonaro quando tentou encontrá-lo, no Rio de Janeiro. “Somos muito diferentes, eu não sou carreirista”, retrucou o tucano.