Justiça manda AMTU mudar cartazes sobre tempo de integração
O juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz determinou que as empresas de ônibus que operam em Marília, alterem cartazes que foram colocados nos últimos dias nos veículos do transporte coletivo, com informações deturpadas sobre a mudança na integração entre linhas.
No dia 19 de setembro o Terminal Urbano voltou a contar com catracas, que haviam sido retiradas em 2017. A reinstalação foi determinada pelo mesmo juiz.
Os informativos das empresas no entanto, dizem que, em cumprimento a determinação judicial, o tempo máximo para trocar de ônibus fora do Terminal Urbano será de 60 minutos. Quando as catracas foram retiradas, esse tempo havia sido estendido.
A Prefeitura, no entanto, alegou que as empresas estão agindo de má-fé, já que a decisão recente da Justiça determinou a volta das catracas, mas não fala nada sobre a redução do tempo de integração.
“Com a fixação de tais informativos as empresas requeridas agem com má-fé e desvirtuam a finalidade desta Ação Civil Pública, transferindo ao Município de Marília e ao Poder Judiciário os ônus das decisões que foram tomadas pelas próprias rés”, alegou a administração.
O juiz reconheceu que “o objetivo central desta ação não é o tempo de integração, tal como fazem crer as requeridas à população por meio das informações fixadas tanto no terminal como nos veículos de transporte público”.
Por isso, a determinação do magistrado é para que sejam retirados os cartazes atuais e sejam colocados outros “esclarecendo à população que o objetivo da demanda em análise envolve a estrita observância das formas de integração previstas na legislação municipal de regência”. Caso isso não seja feito, a multa prevista é de R$ 10 mil por dia.
A volta das catracas no terminal urbano era desejada pela Prefeitura por conta de diversas ocorrências de crimes e brigas dentro do espaço público, o que vinha provocando insegurança na população.
No entanto, longas filas foram registradas após a volta das catracas, situação que também vem incomodando os usuários do transporte público.
Idosos, crianças e mulheres com bebês no colo tiveram que esperar na mesma fila por mais 30 minutos para comprar a passagem.
Outro lado
A reportagem procurou a Associação Mariliense de Transporte Público (AMTU), que representa as duas empresas que operam em Marília, para comentar a exigência de mudanças nos cartazes.
Até o fechamento desta matéria, porém, não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação.