Desacordo entre prefeito e secretário prejudica Cultura em Marília
Novo desconforto entre a base aliada do prefeito Daniel Alonso (PSDB) foi registrado nos bastidores políticos desta semana em Marília.
Após proibição de apresentações de artistas de rua em semáforos da cidade e o apoio ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), o clima esquentou entre o prefeito e o secretário de Cultura, André Gomes Pereira (PCdoB).
A aliança entre as partes ocorreu em uma frente única para derrotar o atual deputado estadual Vinicius Camarinha (PSB) nas eleições municipais em 2016, mas as divergências ideológicas estão cada vez mais expostas.
O secretário ainda não se posicionou sobre a nova medida sancionada pelo prefeito, que impede apresentação de artistas de rua em semáforos na região central. O Marília Notícia buscou contato com Gomes através do celular, pelo telefone da secretaria de Cultura e os funcionários informaram que ele estava em reunião.
A proibição está sendo encarada como retrocesso cultural para a comunidade artística do município, principalmente porque os espaços para eventos culturais têm restrições de uso ou são limitados.
Agentes e mobilizadores de cultura estão se organizando para solicitar que a lei do vereador Evandro Galete (PTN) seja revogada. A mudança na lei de abril de 2014 foi publicada na última sexta-feira (12) no Diário Oficial do Município.
As posições do prefeito e secretário são distintas. Enquanto André Gomes apoia Fernando Haddad (PT), Daniel Alonso faz campanha para Bolsonaro.
Ambos seguem sendo alvos de criticas por parte da população. Em relação a secretaria de Cultura, a pasta segue com dificuldades para finalizar o ano pela escassez de recursos.
Sem dinheiro para pagar o cachê de atrações contratadas, a secretaria ganhou fama de “caloteira” no meio artístico. Artistas estão sem receber há meses por serviços que já foram prestados.
O pagamento de dívidas de pequeno valor – entre R$ 150 a R$ 600 – é realizado por empenho e demora de três a seis meses para finalização.