Ativista sai às ruas para recolher ‘santinhos’ jogados em Marília
Acompanhada da filha de três anos, a artesã Mari Kaneji saiu às ruas voluntariamente para recolher os “santinhos” despejados às vésperas da eleição na manhã deste domingo (7) no Jardim Tropical, na zona Leste de Marília.
Quem passou pelas ruas da cidade ou foi votar percebeu que as 37 sessões eleitorais da cidade estavam coberta pelos panfletos de campanha eleitoral dos candidatos políticos.
Conforme Mari Kaneji, é fundamental políticas de conscientização sobre o encaminhamento do lixo e combate ao despejo de santinhos em anos eleitorais.
“É uma prática comum em ano eleitoral. Nas vésperas de toda eleição os santinhos são jogados nas portas das seções eleitorais para tentar influenciar o eleitor votar em determinado candidato. Se eu já não tivesse escolhido meus candidatos, não votaria em nenhum dos números que encontrei em santinhos do chão”, comenta.
A favor do lixo zero, Mari Kaneji optou sair pelas ruas recolhendo o lixo eleitoral destas eleições.
“Nós temos que ter consciência que o lixo jogado no chão vai entupir os bueiros. Além de prejudicar o escoamento das águas, os bueiros também vão ficar entupidos. Depois todo esse lixo será jogado nos rios da nossa região. É uma questão de pensar com consciência, não somente no dia a dia, mas a destinação do lixo é uma pauta que fará diferença no futuro das nossas crianças”, explica a ativista.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a conduta é politicamente incorreta, ecologicamente repudiada e ainda pode ser configurada como crime de boca de urna.
O infrator fica sujeito à multa de R$ 2 mil a R$ 8 mil por cada ato de propaganda no dia da eleição.
Se configurado o crime de boca de urna, a pena estipulada é de detenção de seis meses a um ano de prisão, com alternativa de prestação de serviços comunitários pelo mesmo período e multa no valor de R$ 5 mil a 15 mil.