Homem de Marília é detido por supostamente se passar por policial
O ex-servidor municipal de Marília, Alessandro Pereira dos Santos, conhecido como “Coxinha”, e o ex-policial militar de Oriente, Emerson Valentim da Cunha, foram detidos por policiais civis nesta terça-feira (11) em Junqueirópolis (cerca de 190 quilômetros de Marília).
Uma ação da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Junqueirópolis realizou a prisão sob as acusações de ameaça e lesão corporal, entretanto eles já estavam respondendo em liberdade nesta quinta-feira (13).
Conforme o Marília Notícia apurou, a dupla estaria se passando por policiais para cobrar dívidas com supostas ameaças, extorsões e agressões em diversas cidades da região de Presidente Prudente. Eles teriam passado por Pacaembu, Dracena e Junqueirópolis.
Coxinha é uma figura conhecida em Marília por tentar matar com pauladas, no dia 30 de novembro de 2010, Carlos Umberto Garrosino, assessor do deputado Abelardo Camarinha.
O acusado também foi condenado a dois anos de prisão por tentativa de incêndio do veículo de um engenheiro.
Emerson Valentim da Cunha é ex-policial militar e atuava em Oriente, onde foi candidato a vereador em 2008. A dupla segue respondendo as acusações em liberdade.
Outro lado
Através de um advogado de defesa, os acusados entraram em contato com o MN para apresentar a outra versão do que aconteceu.
Eles alegam que foram vítimas de despreparo da Polícia Militar e também tiveram a dignidade atacada com as informações divulgadas pelos noticiários e redes sociais.
“Inicialmente, informamos que a notícia veiculada de que formos presos no dia 11 de Setembro de 2018, não corresponde com a verdade, na realidade, o que formos foi vítima de uma desastrosa abordagem policial, seguida de um ato ilegal, justamente daqueles que tem o dever moral e legal de zelar pela incolumidade dos então revistados”.
Os acusados informaram que não reagiram a abordagem policial e foram conduzidos coercitivamente sem nenhum crime deflagrado.
“No momento da abordagem policial não reagimos, atendendo todas as ordens dos policiais, sendo, inclusive, identificados, revistados pessoalmente, mas pasme, malgrado, nada de ilegal tenha sido encontrado em nossa posse, formos algemados e colocados no compartimento de transporte de presos das viaturas policiais, e neste exato momento sob ordem de um Tenente e de um Capitão da Polícia Militar, fomos fotografados por policiais militares, cujas imagens foram indevida e ilegalmente disseminadas nas redes sociais, o que obviamente nos causou grande constrangimento, sendo certo, que não ouve sequer Registro de Ocorrência, processo crime e ou menos estado flagrância”.
A defesa dos envolvidos também notificou que estão tomando às providências cabíveis com a Justiça.
“Tais atos ilegais, já foram prontamente comunicado ao Vigésimo Quinto Batalhão de Polícia Militar do Interior – Polícia Militar do Estado de São Paulo, através de sua Seção de Polícia Judiciária Militar e Disciplinar, justamente visando identificar e punir tais detratores da honra alheia, tudo conforme se infere não só do Termo de Declarações, como ainda do Registro de Ocorrência de n. 1058/2018, formalizado pela Polícia Civil do Estado de São Paulo, da Secretaria de Estado da Segurança Pública, cujas cópias, ora exibem”.
“É lamentável e constrangedor, estarmos sendo vítima de varias afirmações ofensivas a honra, reputação e imagem, quando tudo não passa de informações desprovidas de qualquer mais mínima veracidade.”
Atualizado dia 18 de setembro