Estado anuncia plano de duplicação e Marília pode ter novo pedágio
O Governo do Estado de São Paulo aprovou os estudos para a concessão de novo lote rodoviário que tem entre as obras previstas a duplicação de cerca de 120 quilômetros da SP-294 (Comandante João Ribeiro de Barros) entre Marília e Parapuã.
O trecho passa por Oriente, Pompeia, Quintana, Tupã, Iacri e beneficia outras cidades com vicinais conectadas à rodovia, que também faz ligação entre a BR-153, a SP-457, a SP-383, a SP-267.
O lote de concessão inclui ao todo cerca de mil quilômetros de diversas rodovias e grande parte das principais obras serão em trechos atualmente administrados pelo Estado, de acordo com a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
São as rodovias sob gestão do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), como é o caso de Marília. Outra parte do lote envolve 800 quilômetros hoje operados pela concessionária Centrovias e outras regiões do Estado.
O contrato com a concessionária termina em junho do ano que vem e estudos preliminares apontam para investimentos de R$ 9 bilhões na nova concessão, que deve resultar em uma série de melhorias.
Pedágio
O Estado não confirmou, nem negou ao Marília Notícia. Mas com a concessão existe a possibilidade de uma praça de pedágio na rodovia que receberá duplicação entre Marília e Parapuã.
Não foram dados prazos para as etapas do projeto e início e término das obras, apesar de serem informações solicitadas pela reportagem.
“O Grupo de Trabalho que realiza estudos mais detalhados para o projeto irá definir as intervenções pontuais no trecho que receberá obras” diz nota enviada após questionamento do MN.
“Após serem finalizadas as análises do Grupo de Trabalho”, continua a resposta, “e ser formatada uma proposta de edital de concessão, o projeto será levado a audiência pública e, depois, consulta pública”.
São as etapas em que a sociedade civil finalmente “terá acesso aos detalhes do projeto e poderá enviar contribuições (como sugestões de obras)”, por exemplo.
“Somente após a análise dos técnicos das sugestões enviadas e da inclusão daquelas que se mostrarem viáveis ao projeto é que será definido o edital de concessão, que elencará todas as obras a serem realizadas pela vencedora da concessão”, finaliza o texto.
Já nos trechos atualmente operados pela iniciativa privada, a promessa do Estado é de “benefícios aos usuários como redução de até 22% na tarifa quilométrica cobradas atualmente, desconto real de 5% no preço da tarifa para quem utilizar o pedágio automático (tag eletrônico)”.
Consta ainda a previsão de um “pacote de modernização” com rede wi-fi ao longo de todo o trecho concedido e possibilidade contratual de implantação do sistema Ponto a Ponto – o modelo de cobrança de tarifa por trecho percorrido, já implantado em quatro rodovias estaduais, e a tarifa flexível.