Bispo de Marília sai escoltado pela polícia durante protestos
O bispo de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, deixou a igreja matriz de Adamantina (141 quilômetros de Marília), escoltado por dezenas de policiais na noite deste domingo (7). O bispo, que foi à cidade comandar a missa de Crisma, ficou por mais de 1h40 no interior da igreja, esperando que milhares de pessoas, que o esperavam do lado de fora, se acalmassem.
O motivo da revolta dos fiéis foi a substituição de um padre conhecido por suas ações sociais junto a usuários de drogas e à comunidade carente. Segundo os manifestantes, o padre Wilson Luís Ramos já havia sofrido preconceito racial por ser negro.
Antes de sair escoltado, o bispo enfrentou a revolta já dentro da igreja. Foi vaiado por centenas de manifestantes quando comandava a missa. No momento em que ele conduzia a eucaristia, já no final da celebração, manifestantes levantaram cartazes e começaram a gritar palavras de ordem em favor do padre.
O padre teria sido substituído pelo bispo a pedido de um grupo de fiéis ricos e conservadores, que tinham sido substituídos pelo padre em cargos de coordenação da pastoral da igreja. O grupo estava descontente com a opção dada pelo padre aos pobres e jovens usuários de drogas, que passaram a frequentar a principal igreja da cidade desde que o padre chegou a Adamantina, em 2012.
Durante a missa deste domingo, revoltados com a saída do padre, manifestantes também passaram a jogar moedas no altar da igreja, enquanto gritavam a palavra “indignação” e frases pedindo para o padre Wilson permanecer na paróquia. Diante do protesto e do barulho, padre Wilson pediu que os manifestantes (na maioria jovens) parassem com o protesto, mas não foi atendido.
Confira o vídeo do protesto:
Com informações do Terra