Construtora terá 540 dias para terminar obra parada em escola
A Prefeitura de Marília homologou a licitação de retomada das obras da e Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Sítio do Pica-pau Amarelo e a empresa vencedora terá o prazo de 540 dias para terminar o serviço
Como o Marília Notícia mostrou em reportagem no começo do mês passado, a obra encareceu aproximadamente R$ 120 mil do que o previsto inicialmente depois de sua paralisação. A empresa que vai assumir a reforma é a EPC Contruções LTDA.
O certame para reforma e ampliação foi aberto inicialmente em novembro de 2015 e o prazo para conclusão era de um ano e meio a partir do começo dos serviços. O valor previsto era de R$ 1.812.291,23.
A empresa Zanutech Construções abandonou o canteiro de obras depois de receber R$ 404.445,36. O novo edital para conclusão do projeto é no valor de R$ 1.530.159,33.
O MN denunciou em dezembro do ano passado a paralisação da reforma e cerca de três meses depois foi publicada a rescisão do contrato entre a administração e a empresa que havia deixado o serviço.
Em maio o MN denunciou situações parecidas envolvendo a mesma empresa e obras de duas Unidades de Saúde da Família (USFs), que encareceram R$ 151.820,95 do valor previsto após a Zanutech abandonar as obras.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo investiga um suposto calote da Prefeitura de Marília em 2017 na construtora Zanutech.
O órgão fiscalizador está questionando o Executivo local sobre pagamentos supostamente não feitos no exercício de 2017.
Recentemente o secretário da Fazenda alegou que ““na verdade esta obra foi paralisada em razão da empresa Zanutech não cumprir os cronogramas da obra por falta de condições financeiras. Não recolhia os tributos obrigatórios e também tinha bloqueios judiciais”.
De acordo com ele, “não existe nenhuma pendência financeira da Prefeitura com esta empresa, porém o processo de rescisão é demorado, o que também complicou e aumentou o tempo para retomada da licitação. A empresa que constava em segundo lugar da licitação original aceitou dar continuidade na obra, mas depois desistiu, o que nos obrigou a fazer nova licitação”.
Ainda segundo o secretário, “a burocracia e os entraves jurídicos atrasam as obras”.
“Para complementar, a empresa Zanutech não consegui concluir nenhuma obra, inclusive com outras prefeituras, portanto não foi culpa nossa este problema, estamos resolvendo algo que herdamos”, finalizou.