Apenas 10% do eleitorado mariliense tem ensino superior completo
O percentual de eleitores marilienses com ensino superior completo é de apenas 10,79% em um universo de 171.775 títulos válidos para votar nas eleições de outubro deste ano, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os números são referentes a junho de 2018 e mostram também que entre os eleitores com diploma universitário – 18.527 marilienses – as mulheres são maioria, aproximadamente 60%. De moro geral, elas representam mais de 53% dos eleitores no município, como o Marília Notícia divulgou nos últimos dias.
As mulheres também são maior número (56,7%) entre os analfabetos e entre os que apenas leem e escrevem (68%), mas não tiveram acesso ao ensino formal. Nas demais faixas os índices dos gêneros são próximos.
Os dois grupos de escolaridade mais baixa são as minorias no eleitoras mariliense. Analfabetos somam 1,74% e aqueles que apenas leem e escrevem são 3,11%.
A maior fatia dos eleitores do município, quase um terço do total, é formado por pessoas que possuem ensino médio completo (27,5%).
Em seguida aparecem aqueles que tem ensino fundamental incompleto (23,7%). Os dois grupos somam praticamente metade dos eleitores da cidade.
Os votantes de Marília que têm ensino médio incompleto são 20% e aqueles que só possuem o ensino fundamental completo são 7,5%. Aqueles que estão cursando o ensino superior ou abandonaram a faculdade sem concluí-la somam 5,6%.
Mudança no perfil
O eleitorado de Marília passou por significativas mudanças no decorrer dos últimos 16 anos, período com dados disponibilizados pelo TSE.
O Marília Notícia analisou as mudanças no perfil de escolaridade dos eleitores marilienses conforme as eleições presidenciais – como a que acontecem agora em 2018 – desde 2002. O período coincide com as eleições e governos federais do PT e do MDB.
No infográfico abaixo é possível selecionar a faixa de escolaridade que se deseja consultar a evolução ao logo das últimas quatro eleições e também 2018.
O que se percebe, principalmente, é a mudança dos eleitores predominantes quanto a escolaridade.
Em 2002, quando Luís Inácio “Lula” da Silva (PT) foi eleito, quase 40% dos eleitores de Marília tinham ensino fundamental completo, faixa que encolheu quase pela metade.
Ao mesmo tempo os eleitores com ensino médio completo praticamente dobraram, já que representavam 14% dos aptos ao voto no começo da série em análise.
Também houve queda de 6,8% para aproximadamente a metade no caso dos eleitores que somente leem e escrevem e ligeira redução dos analfabetos que eram 2,7% do colégio eleitoral do município há 16 anos.
A faixa do ensino superior incompleto se manteve praticamente estável no decorrer dos anos e o ensino médio incompleto vinha crescendo de quase 14% em 2002 até chegar perto de 22% em 2014 e agora volta ao patamar de 2006.