PSB dos Camarinhas foi partido que mais gastou durante 2017 em Marília
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) de Marília, legenda que abriga os Camarinhas e o vereador Danilo da Saúde, foi o partido que disparado mais gastou na cidade em 2017 com despesas que totalizaram R$ 100.146,4. Não se trata de um ano eleitoral, quando os gastos são mais elevados.
O PSB tem registrado 90,3% dos gastos de todos os partidos na cidade. Do total gasto pelos socialistas, exatos R$ 100 mil foram aplicados em “serviços técnico-profissionais – serviços de consultoria jurídica – despesas eleitorais”.
O PSD, do líder do governo na Câmara de Marília, vereador Marcos Rezende, afirma ter gastado R$ 6.550,83 e figura como o segundo partido que mais teve despesas no município no ano passado, seguido pelo MDB, do vice-prefeito Tato, que declarou R$ 2.500,59.
O PCdoB vem em seguida, com gastos de R$ 856; depois aparece o PPS, com R$ 545,85; seguido do PSDB do prefeito Daniel Alonso e dos vereadores Wilson Damasceno, presidente da Câmara, e Zé Luiz Queiroz (PSDB), com despesas declaradas de apenas R$ 151.
O baixo valor chama a atenção para os tucanos, um dos maiores partidos do país e com mais políticos eleitos no município.
O PTC afirma ter gastado somente R$ 98,99; o Patriotas, R$ 3; e o Avante R$ 2,9. Não existem dados sobre outras legendas.
As informações constam no banco de dados da Justiça Eleitoral e foram atualizadas no sábado (28), um dia antes do fim do prazo dado para a prestação de contas. Resolução obriga aos partidos a prestação de contas mesmo no caso de ausência de movimentação financeira.
Os partidos que não cumpriram com a obrigação de declararem receitas e despesas podem ficar sem repasse do Fundo Partidário – R$ 888 milhões – e a devolução de qualquer recursos recebido por esta via.
Agora começa a etapa de verificação das contas. Se alguma irregularidade for apontada também pode haver multa de 20% sobre o valor identificado.
Inicialmente, o prazo para a apresentação das contas das legendas nos municípios estava previsto para o dia 30 de abril.
O Tribunal Superior Eleitoral, porém, autorizou mais 90 dias para complementações. Houve pedido para dilatação da data estipulada por dificuldades de alguns partidos no uso do Sistema de Prestação de Contas Anual, aplicado pela primeira vez.
A reportagem não conseguiu uma resposta do prefeito Daniel Alonso nem da cúpula tucana em relação ao estranho valor declarado por seu partido.