Secretário da Fazenda ataca e bate-boca com vereador do PSDB
Em texto distribuído nas redes sociais o secretário da Fazenda da Prefeitura de Marília, Levi Gomes, fez uma série de ataques ao vereador José Luiz Queiroz (PSDB), integrante do mesmo partido do prefeito Daniel Alonso. O membro da Câmara respondeu e o caso virou um forte bate-boca virtual.
“Agora sim, o vereador demagogo Zé Luiz assumiu sua posição de base aliada dos Camarinhas contra o prefeito Daniel e principalmente contra o funcionalismo”, afirmou o chefe de uma das pastas mais importantes do Executivo local.
Levi chamou Zé Luiz de “forasteiro e oportunista” e afirma que ele “se elegeu às custas do Daniel e demonstrando ingratidão e falta de caráter mudou de lado, não sabemos quais as vantagens ou benefícios pessoais que recebeu em troca”.
“Demagogo”, continua o responsável pela Fazenda municipal, “quando na campanha salarial dizia que o reajuste era ridículo depois votou favorável e aplicou os mesmos índices na câmara, incoerente quanto fazia discurso contra os cargos comissionados, mas quando o prefeito cortou as comissões de seus apaniguados se rebelou contra o governo”.
O secretário também diz que o vereador tucano “vende a imagem de honesto, mas ficou com seus veículos emplacados pelo Paraná para pagar IPVA mais barato por vários anos” e que nos últimos 18 meses o parlamentar teria trabalhado apenas oito “em licença para concorrer a cargos políticos”.
“Como é marajá, deu um prejuízo à Nação de mais de R$ 600 mil reais. Ganha 25 mil por mês”, ataca Levi que também acusa o parlamentar de “falar em CPI”, mas não ter “coragem para pedir a [CPI] dos tablets, das empresas fantasma de vigilância, sobre os contratos de informática”.
Resposta
Em resposta a Levi, Zé Luiz divulgou uma nota onde comenta que tem “preguiça” de “brigar com gente covarde, mentirosa e sem-vergonha na cara”. Mas completa que, “nesse caso a única solução é a Justiça”.
“Além de não ter decência, [Levi] não tem imunidade para falar o que bem entender. Nos vemos no Fórum”, garante o vereador. “No fundo, é o velho medo de perder a teta do poder em 2020. Os covardes transformam o medo em agressão. Freud explica”.
O vereador completa que “infelizmente, mudaram os nomes, mas as velhas práticas são as mesmas. Por isso incomodo esse povo, porque não me curvo à safadeza, à indecência, à incompetência e às benesses”.
Zé Luiz completa dizendo que não depende “de cargos, facilidades ou pedidos escusos”. “A liberdade de não dever favores, não ter cargos, nem rabo preso não tem preço. Já outros são livres como um táxi, como diria Millor”, parafraseia.
“É óbvio que o secretário gostaria que os vereadores fossem capachos, que a Câmara fosse cartório e que ninguém se rebelasse contra trambiques e desrespeitos. Aqui não! A moleza aqui não tem vez! Trate mão de fazer o seu trabalho. E a farra das diárias? As verbas milionárias em publicidade? Os banheiros químicos para violada? Tudo isso e muito mais com dinheiro dos marilienses. Uma pena o seu silêncio. A covardia é um traço de caráter”.
“Eu posso cometer vários erros, mas a omissão jamais será um deles”, comenta Zé Luiz, que termina: “Perante uma injustiça, uma indecência ou uma malandragem, não esperem de mim o silêncio ou a ‘coragem’ dos leões de grupos de WhatsApp que adoram as sombras do poder”.