Vereador embarca na linha para UPA e passageiros relatam descasos
O vereador e vice-presidente da Câmara de Marília, Marcos Rezende (PSD), embarcou na linha Parque das Nações-UPA zona Norte na última terça-feira, dia 19, para conferir a prestação dos serviços de transporte coletivo em Marília.
Durante o trajeto, que teve duração de uma hora, o parlamentar municipal ouviu relatos dos passageiros, muitos trabalhadores, que diariamente dependem exclusivamente dos ônibus.
“Os marilienses nos revelaram o total descaso que são tratados pelas empresas que operam o transporte urbano de nossa cidade. A começar pelo terminal, que aberto da forma que está, gera muita insegurança e desconforto a todos”, denunciou.
Rezende entrou na fila da linha Parque das Nações pouco antes das 18 horas de terça-feira. Durante a espera na fila, conversou com o passageiro Leonardo.
“Estamos aqui in loco justamente para vivenciar tudo aquilo que o mariliense tem que enfrentar na volta para sua casa depois de um dia inteiro de trabalho. E ressalto: este serviço não é gratuito, as pessoas pagam pelo transporte coletivo e pagam caro por um péssimo serviço”, ressaltou o vereador.
O passageiro Leonardo relatou que o transporte coletivo em Marília é uma vergonha. “Você vai pegar um ônibus, geralmente está lotado, poucos lugares oferecidos, muita gente em pé. Além disso, você espera muito tempo até o ônibus chegar”, revelou.
O parlamentar municipal gravou todo o trajeto, incluindo período da espera, o embarque e o percurso, e disponibilizou a gravação integral em sua página oficial no Facebook. “Além da demora nos pontos, os passageiros me relataram que sentiram os cortes de linhas e notaram diminuição na quantidade de ônibus”, informou o vice-presidente da Câmara de Marília.
Nele, outros passageiros relatam a dura realidade de quem depende de ônibus. “Tratem bem a nossa população, é isso que clamo. O mariliense paga pelo transporte coletivo e precisa de mais atenção e cuidado”, disse.
Falta de cobrador nos ônibus, sobrecarga de trabalho dos motoristas que precisam receber passagens e devolver troco, superlotação e falhas mecânicas complementaram os relatos. “Estaremos cobrando por solução, por um transporte mais digno”, avisou Rezende.