Varejo na região fechou 213 postos de trabalho formais em março
Em março, o comércio varejista na região de Marília fechou 213 postos de trabalho, resultado de 1.680 admissões contra 1.893 desligamentos. No acumulado de 12 meses, entretanto, foram criadas 571 vagas celetistas, encerrando o mês com um estoque ativo de 47.222 trabalhadores formais, alta de 1,2% em relação a março de 2017, o segundo melhor desempenho do Estado.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Dentre as nove atividades analisadas, seis tiveram retração no estoque de trabalhadores formais na comparação com março de 2017. Os piores desempenhos foram vistos nos setores de lojas de móveis e decoração (-1,2%), materiais de construção e concessionárias de veículos (ambos com -1%). Por outro lado, os destaques positivos ficaram por conta das atividades de farmácias e perfumarias (4,2%) e supermercados (3,3%).
“Mesmo tendo o segundo melhor desempenho do Estado, mais uma vez tivemos queda no quadro empregatício. Com o ambiente econômico desafiador que estamos enfrentando nos últimos meses, é possível que infelizmente tenhamos mais baixas no decorrer do ano, o que deixa nossa realidade ainda mais preocupante”, ressalta Pedro Pavão, presidente do Sincomercio Marília.
Desempenho estadual
O primeiro trimestre do ano é tradicionalmente marcado pelo fechamento de vagas formais no comércio varejista. Passada a melhor época do ano para o setor – Natal e liquidações de janeiro –, é esperado um ajuste no quadro de funcionários, e em 2018 não foi diferente. De janeiro a março, o varejo paulista eliminou 28.470 vínculos com carteira assinada. Vale ressaltar, porém, que este foi o menor número de vagas fechadas para o período desde 2014.
Dentre as nove atividades pesquisadas, cinco apresentaram redução na quantidade de trabalhadores no comparativo anual, com destaque para as lojas de móveis e decoração (-1,6%) e para as lojas de vestuário, tecidos e calçados (-1,3%). Por outro lado, os melhores desempenhos ficaram por conta dos segmentos de farmácias e perfumarias (2,9%) e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (3%).
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; supermercados; e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).